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Eleições 2022

Militantes expulsos e suspensos da UNITA mobilizam-se em campanha de voto contra Adalberto Costa Júnior

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Com o fim da campanha Eleitoral na segunda-feira, 22, já nesta terça-feiras, 23, dia dedicado a reflexão para votação no dia 24 de Agosto, são vários militantes e dirigentes da UNITA, que lançaram uma campanha, nas redes sociais, de mobilização de voto contra Adalberto Costa Júnior (ACJ), líder do “Galo Negro” à Presidência da República.

A semelhança destes militantes, recentemente dois dos mais de quarenta filhos do Presidente fundador da UNITA Jonas Savimbi, Dário Savimbi e Kanganjo Tão Savimbi, manifestaram a intenção de votar contra ACJ, e sem direcionar especificamente aquém votar, convidam os cidadãos eleitores a apostar na “continuidade para estabilidade e desenvolvimento do país”.

Rafael Mukanda, antigo Director do gabinete do secretário Geral adjunto da UNITA e ex-candidato a liderança da JURA, e Jeremias Miguel, membro e dirigente da UNITA, todos ligados ao núcleo duro do Galo Negro, deram início no último sábado, a mobilização e sensibilização dos militantes desavindos com actual direcção liderada por Adalberto Costa Júnior, a votarem por u
ma outra Força Política concorrente que não seja a UNITA.

Rafael Mukanda foi o responsável pela mobilização de centenas de militantes do seu partido que protestavam junto do Tribunal Constitucional, no momento em que a UNITA, formalizava a candidatura da lista de deputados junto daquele órgão de justiça.
Na ocasião os membros manifestavam contra presença de Abel Chivukuvuku e outros, na lista da UNITA.

Os mesmos dizem que esta UNITA/FPU “não representa nenhum de nós e muito menos os angolanos que deram as suas vidas pelo bem comum”. Por isso, questionam “como é possível a UNITA hoje aliar-se a uma família que criou desgraças a milhares de Angolanos?”
Na busca de um entendimento sobre o actual posicionamento do partido fundado por Jonas Savimbi, na gestão de Adalberto Costas Júnior, os manifestantes refutam, “como é possível UNITA utilizar somas avultadas roubadas do erário público para enriquecer os seus dirigentes em particular o ACJ e este dinheiro servir para fazer campanha e ganhar as eleições do dia 24?”
Indignados os mesmo numa carta tornada pública, procuram saber como é possível a UNITA fazer pactos com ex-presidente, José Eduardo dos Santos e Abel Chivukuvuku, que segundo eles, perseguiram “até a morte grande filhos desta Pátria que lutaram para o bem dos angolanos?”

“Uma coisa é certa: a vitória desta UNITA/FPU significa o regresso do clã JES para voltarem a saquear o erário público, com mais mortes, mais miséria, mais regionalismo, mais acirramento das assimetrias regionais, sem eleições autárquicas, alterações na constituição da República a medida do chefe, com hospitais e instituições de educação sem qualidade nenhuma, mais cemitérios”, escrevem os militantes da UNITA.

Sublinham eles que “é por estas e outras razões que dizemos ‘nada de retorno ao passado’, apelamos a abstenção”. O referido grupo de manifestantes demarca-se, por outro lado, do apelo da campanha “votou, sentou”.




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