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Opinião

Militantes do MPLA esqueceram-se do DJ que durante toda a “festa” tocou as músicas que eles ouviram e dançaram – Walter Ferreira

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Será que estes militantes que estão maravilhados com a entrevista mediática que o presidente João Lourenço concedeu ao jornal português “Expresso”, estão com a mesma convicção do líder do seu partido e chefe de estado? É interessante ver como as pessoas mudam facilmente de olhar , e o que mais começa a preocupar é a falta de autenticidade de muitos militantes do mpla , que saiem da ” festa ” e esquecem do DJ que durante toda a festa tocou as músicas que eles ouviram, e dançaram , ou até dispensavam frenquentar outros ambientes pela suposta lealdade com o DJ.

Estamos a viver tempos de muita nostalgia, incompreensões, e até alguma turbulência social, neste tempo da nova ” sombra ” é fundamental a verticalidade e a defesa de causas que a muito foram perdidas ou até mesmo desvirtuadas. Estamos num tempo em que temos um ex presidente da República a procura de uma nova legitimação que passa agora pelo exercício da cidadania que através da sua fundação , pretende desenvolver iniciativas que no passado eram impensáveis de serem manifestadas , pelo facto de ter estado em pleno exercício da função presidencial. Será que agora teremos um ex presidente nosso ” colega” na sociedade civil? Ou será que a lógica do partido-estado estará na sua fundação?

Os ausentes se tornarão presentes , e os presentes se tornaram ausentes, más na luta do antagonismo o mais presente jamais quererá ser ausente. Dizia um filósofo grego Heráclito: mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, más as vontades não só foram mudadas como também nunca tiveram causas , pois as causas não mudam , aliás elas são intemporais. O presidente João Lourenço com a sua coragem e a verticalidade conseguiu na entrevista ao jornal o Expresso terminar com as especulações, e deu lugar as certezas previamente estudadas pelos cenários da existência de uma plena ruptura com a ex liderança do estado e do partido mpla. Será um desafio para o mpla a melhor capacidade de compreensão dos novos problemas que tenderão a ser cada vez mais complexos , não será fácil a saída desta encruzilhada, más poderá ser o bom momento para os militantes colocarem a prova as suas convicções, e o seu caracter enquanto pessoas e militantes de um partido que tem ” dívidas morais com povo”. Não acredito que a convicção do presidente João Lourenço seja a mesma dos seus auxiliares e do seu partido e é neste dilema que se coloca a urgência se saber se os militantes e a direcção do partido concorrem para a mesma entrega e o espírito do presidente da república João Lourenço e líder do seu partido.




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