Politica
Militantes da FNLA instam presidente a “criar balizas para convocação do congresso”
O Comité Central da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), deliberou retirar a confiança política ao presidente do partido, Nimi-a-Nsimbi. Os membros que estiveram reunidos à revelia, por dois dias no Complexo 15 de Março, cito nos Mulenvos, em Luanda, acusam Nimi-a-Nsimbi de violação sistemática dos estatutos da organização.
No comunicado final da reunião dos membros do Comité Central, enviado ao Correio da Kianda, os referidos membros acusam ainda o presidente Nimi-a-Nsimbi, de ter adiado o encontro realizado à revelia, sem a devida autorização do Bureau Político, um acto que descrevem como sendo uma grave irregularidade.
Na sequência da reunião, o Comité Central deliberou igualmente afastar a possibilidade de Nimi-a-Nsimbi ser o candidato do partido às eleições gerais de 2027, o que consideram ser um afastamento político significativo do actual presidente.
Apesar da medida, foi concedida uma moratória de um mês para que o líder da FNLA convoque uma nova reunião do Comité Central e apresente uma data concreta para a realização do VI Congresso Ordinário aprazado para o início de 2026.
Caso não cumpra as exigências dentro do prazo estabelecido, segundo ainda o documento que temos vindo a citar, o presidente Nimi-a-Nsimbi poderá ser destituído do cargo de presidente.
O especialista em ciência política, Eurico Gonçalves, disse à Rádio Correio da Kianda, que a FNLA deve nesta altura actualizar as estruturas internas, resolver desarmonias e alinhar as lideranças a uma visão coerente do futuro.
“A FNLA pela sua dimensão histórica deve a esta altura deixar as desarmonias de lado, e criar balizas para a renovação da liderança e se ajustar a actual competição política, sob pena de perder terreno em 2027, como consequência político-eleitoral deste desalinhamento”, sublinhou.