Milhares de zimbabueanos marcam presença no funeral de Morgan Tsvangirai

O cortejo fúnebre em que foi transportado o corpo de Tsvangirai terminou no cemitério de Buhera, onde foi enterrado, na presença de vários altos dirigentes do Movimento para a Mudança Democrática (MDC), não se tendo registado quaisquer incidentes.

O líder interno do MDC, Nelson Chamisa, numa breve e rápida declaração aos jornalistas, declarou que o partido “está unido” em torno da direção.

Além de Chamisa, que foi nomeado para liderar o partido durante um ano, dois outros vice-presidentes do MDC reclamam a sucessão de Tsvangirai: Eklias Muduzri e Tokhozani Khupe.

A polémica em torno da escolha de Chamisa subiu de tom quando Mudzuri, que liderou o partido enquanto Tsvangirai era alvo de tratamento contra o cancro no cólon que o vitimou, e Khupe, actual líder interino, reivindicaram representarem a herança do ex-presidente do MDC.

Após o fim do regime de Robert Mugabe, em novembro de 2017, o seu sucessor, Emmerson Mnangagwa, garantiu que as eleições presidenciais se realizarão este ano, estando ainda por definir a data.

Morgan Tsvangirai, chefe do principal partido da oposição no Zimbabué e adversário histórico do regime do ex-presidente Robert Mugabe, morreu na quarta-feira vítima de cancro.