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Milhares de africanos em Israel protestam contra deportações

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Milhares de requerentes de asilo africanos protestaram hoje em frente da embaixada do Ruanda em Telavive, apelando às autoridades do país africano para que não coopere no plano israelita que visa deportá-los.

Israel deu a milhares de migrantes um prazo, até 01 de abril, para aceitarem sair do país rumo a um destino desconhecido em África – mas que é público ser o Ruanda, com base em testemunhos de pessoas que já saíram – a troco de 3.500 dólares e um bilhete de avião. Aqueles que não saírem arriscam-se a ser detidos por tempo indefinido.

Os manifestantes afirmam que o plano de Israel os põe em risco, alegam que as deportações são racistas e, por isso mesmo, exortaram o Presidente do Ruanda, Paul Kagame, para que não coopere. O Ruanda é um dos mais próximos aliados de Israel em África.

Os cartazes empunhados pelos manifestantes exibiam frases como: “Kagame – Não estamos à venda”, “Prisão ou Deportação? O que escolherias?” ou “Será que me deportariam se fosse branco?”. Alguns manifestantes pintaram a cara de branco, em protesto.

Israel alberga 40.000 migrantes, a maioria da Eritreia e do Sudão, que alegam ter fugido do perigo que correm nos seus países. Ambos estes países garantem poucos direitos humanos.

Já o governo israelita (direita conservadora) alega que a maioria destes migrantes deslocaram-se para Israel à procura de emprego, sublinhando que transformaram bairros da classe operária israelita do sul de Telavive em favelas.

Mas os migrantes sustentam que aqueles que foram deportados correm risco de vida no Ruanda e no Uganda, outro país destino do plano. Alegam ainda que não usufruem de quaisquer direitos nesses países, pelo que têm de fugir através de países em guerra – como o Sudão e a Líbia – na esperança de chegar à Europa.

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