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Mfuca Muzemba defende a exoneração de toda liderança da Polícia Nacional

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O político e ex-deputado pela bancada parlamentar da UNITA, Mfuca Muzemba, defendeu, neste domingo, 06, a necessidade de se reformar a Polícia Nacional, considerando ser urgente responsabilizar as mais altas patentes daquele órgão, como forma de exemplo disciplinar, em virtude dos sucessivos excessos de zelo que têm sido cometidos pelos agentes da farda-azul.

Convidado a comentar a morte do médico Dala por agentes da polícia, assunto que neste fim-de-semana inundou as redes sociais com mensagens de repúdio e indignação, em entrevista ao Correio da Kianda, Mfuca Muzemba defendeu a necessidade de se fazer uma reforma e exonerar, de forma imediata, toda actual liderança da polícia, como forma de se evitar mais episódios de morte sucessivas, que têm estado a ser protagonizados pelos agentes em fase de pandemia.

O também jurista condenou a forma como o Ministério do Interior, por meio do seu actual porta-voz, veio a público pronunciar-se sobre a detenção do dr. Sílvio Dala, que foi colocado numa cela de uma das unidades localizadas na zona do Rocha Pinto, na semana finda, por alegada falta de uso de máscara no interior da sua viatura enquanto conduzia sozinho. No entender de Mfuca Muzemba, o comunicado do MININT foi infeliz e eivado de declarações duvidosas.

“É preciso que se responsabilize, de forma imediata, toda chefia da Polícia Nacional, fazendo reformas ou exonerando. Não se pode admitir que as pessoas continuem a morrer de forma leviana, e depois vem a polícia com aquele comunicado insensível e cheio de dúvidas”, disse.

“A polícia não é um poder público. É um órgão da administração revestido de autoridade. Por isso, devem ser responsabilizadas as mais altas patentes como forma de se condenar esses actos de morte”, concluiu.

Em comunicado de imprensa, em que o Ministério do Interior confirma a morte do especialista em saúde após ter sido conduzido pela polícia a uma esquadra, em Luanda, por supostamente ter circulado na via pública sem máscara, obrigatória devido à covid-19, o MININT refere que o incidente ocorreu na terça-feira e após dirigir-se à esquadra dos Catotes, no Rocha Pinto, foram explicados ao médico os moldes de pagamento da coima e não tendo um terminal de multibanco nos arredores, telefonou a um familiar próximo para proceder ao pagamento.

A nota adianta que “minutos depois, apresentou sinais de fadiga e começou a desfalecer, tendo tido uma queda aparatosa, o que provocou ferimentos ligeiros na região da cabeça” argumentos, contestados por vários cidadãos, dentre eles, o deputado e advogado David Mendes, que neste domingo, no espaço de análise semanal da TV Zimbo, juntou-se às vozes de protesto contra actuação excessiva da Polícia Nacional, tendo apelado em rede nacional, protesto, contra o que chamou de leis injustas. “Leis injustas, não são para serem cumpridas”, disse.

Radio Correio Kianda




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