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Médio Oriente: Israel diz ter interceptado 99% dos projécteis lançados pelo Irão
Uma coluna de drones e mísseis rasgou os céus de Israel por volta das 2h da manhã (hora de Telavive, meia noite em Angola) deste domingo, e foi direccionada para vários cantos daquele pequeno país. O governo prometeu resposta nunca antes vista, e os EUA iniciaram uma ofensiva diplomática a favor do seu mais importante aliado na região.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) asseguram terem interceptado 99% dos pouco mais de 300 mísseis e drones lançados pelas forças armadas da República Islâmica do Irão, às 2 horas manhã deste domingo, dia 14.
A chuva de projécteis militares iranianos foram direccionados para várias localidades, tendo causado danos parciais a um posto militar no Neguev, zona sul de Israel, e uma criança de 10 anos ficou ferida como consequência de parte dos projécteis interceptados pelo sistema de defesa Iron Dome.
O ataque de Teerão ocorre em resposta ao bombardeio realizado por Telavive a 1 deste mês, contra um consulado iraniano na Síria, de morreram figuras relevantes desta antiga potência mundial, entre os quais dois generais responsáveis pelo contrabando de armas iranianas para grupos armados (terroristas) como o Hezbollah e outros.
Este é, em décadas de conflito híbrido, o primeiro ataque directo do Irão para o território israelita, e marca assim uma mudança de paradigma, dado que que o Teerão tem optado por atacar o país inimigo de longa data, através de grupos como o Hamas, o Hezbollah e muitos outros.
O governo de Benjamin Netanyahu já prometeu uma reacção. E deverá ser, de acordo com as autoridades hebreias, uma resposta “sem precedentes”.
Em defesa de seu mais importante aliado no Médio Oriente, os Estados Unidos da América iniciaram uma ofensiva diplomática intensa, tendo já convocado uma reunião do G7, grupo das sete países mais industrializados do mundo, visando dar o ponto de situação, e captar apoio.
De referir que Israel é um Estado em guerra desde a sua criação em 1948. À semelhança de grupos árabes terroristas na região, boa parte dos países árabes e islâmicos, como o Irão não reconhecem a existência de Israel na zona, e defendem a sua extinção.
Um dia após de sua proclamação de independência, a 14 de Maio de 1948, o país foi atacado por uma coligação de países árabes, mas vence-os a todos, tendo como consequência alargado o seu espaço territorial para lá daquilo que fora determinado pelas Nações Unidas, dado que parte significativa era destinada para a criação de um Estado Palestino.
Houve outras guerras, boa parte delas motivadas pelo interesse de extinção de Israel e a intransigência dos judeus em alargar o seu espaço territorial, atrofiando assim qualquer tentativa de os palestino virem a ocupar 100% do território delimitado pelas Nações Unidas.
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