Sociedade
Mau fornecimento de água deve-se ao não acompanhamento da densidade demográfica, afirma analista
O especialista em gestão e administração pública, Denílson Duro, disse hoje, 07, à Rádio Correio da Kianda, que o que tem estado a estrangular ou a bloquear o melhor fornecimento de água potável às populações tem a ver com o modelo de capilaridade das empresas responsáveis por esse serviço.
O especialista que descarta o modelo centralizador de governação em Angola, afirmou ainda que o modelo de investimento destas empresas responsáveis pelo fornecimento de água, não acompanha a densidade demográfica e a arquitectura urbanística.
Para o especialista, Angola não tem uma estrutura de saneamento básico, mas sim que possui estrutura encontrada em período colonial que era constituída com um número reduzido de população.
Denílson Duro critica a falta de ordenamento de facto do território, agravada com a falta de sustentabilidade das próprias empresas de fornecimento de água,
As declarações foram feitas aquando do espeço “Tem a Palavra” do programa Capital central da Rádio Correio da Kianda, que abordou o tema “a água e saneamento básico em Angola. Desafios e soluções locais”.
O acesso à água potável e ao saneamento básico em Angola continua a ser um dos principais desafios sociais, sobretudo nas zonas periféricas das cidades e nas comunidades rurais.
Apesar dos investimentos públicos e de alguns projectos comunitários, milhares de famílias ainda dependem de cacimbas, tanques improvisados ou caminhões-cisterna, enfrentando diariamente dificuldades para obter água limpa e em quantidade suficiente.
A falta de saneamento adequado agrava problemas de saúde pública, como surtos de diarreia, malária, cólera e outras doenças de origem hídrica.
