Desporto
Marrocos e Nigéria jogam hoje final da taça CHAN
Marrocos e Nigéria descem hoje, às 20h00, ao relvado do Estádio Mohammed V, em Casablanca, para a disputa da final do V Campeonato Africano das Nações Chan’2018. Trata-se de um jogo capaz de ser disputado com alguma intensidade, dado a importância de que se reveste, conjugado este factor aos objectivos dos intervenientes.
Quando se chega à final de uma competição de tamanha grandeza organizativa e competitiva, resta apenas um objectivo: vencer, seja em que condições se achem as equipas. E vencer é o que esperam e pretendem os marroquinos, é o que esperam e pretendem os nigerianos. Portanto, depois de superadas as etapas anteriores eis aí o dia da grande decisão.
A crítica desportiva atribui algum favoritismo à selecção caseira, por várias e redobradas razões, sendo a fundamental o facto de se apresentar em casa e poder contar com o calor do seu público, que, desde a fase de grupos, sempre procurou estar por perto da sua equipa, tendo inclusive, reconheça-se, jogado papel de relevo na prestação obtida.
Mas para uma outra corrente de opinião nem sempre o factor casa determina o desfecho de uma partida, baseando-se em exemplos de selecções que se sagraram campeãs fora dos seus domínios. Mas, uma final é sempre uma final, sendo em razão disso sempre de desfecho imprevisível, ainda que haja tendência para A ou para B.
É verdade que falar de selecções que jogam o CHAN não é o mesmo que falar de selecções que disputam o CAN, o Campeonato do Mundo ou outras eliminatórias. Por aí fica, se calhar, um pouco difícil fazer um enquadramento mais exacto do valor das equipas. Se nos basearmos ao ranking da Fifa veremos que o Marrocos está melhor posicionado (39-) em relação à Nigéria (51-). E isto conta.
Mas, o Marrocos tem vindo a dar mostras de alguma falência quando se defronta com equipas com alguma ousadia e atitude, como nos deu a ver no empate (0-0) com o Sudão no último jogo da primeira fase, e mesmo no jogo das meias-finais, levado a prolongamento, com a Líbia. Por isso, não terá, ao que tudo indica, “papa feita” diante da Nigéria.
O Jornal de Angola não se atreve hoje a traçar nenhum prognóstico. Pois, tanto Marrocos como Nigéria, têm capital competitivo suficiente para valorizar o jogo. As duas equipas são ricas, quer em termos de valores colectivos, quer em valores individuais.
Estando as duas apuradas para em meados deste ano representar o continente no Campeonato do Mundo, estão criadas as condições para uma bruta final, que deverá ser disputada palmo-a-palmo, salvo se uma venha acusar maior responsabilidade e na sequência disto entrar em campo com a estrutura psicológica abalada e daí se apresentar em desvantagem de forças.
Aqui chegados, pensamos que pelo percurso que os intervenientes tiveram, ao longo do torneio, o título lhes pode cair em mãos com mérito e justiça. Resta saber quem é quem, entre os dois, que terá arcaboiço suficiente para anular as investidas de outrem e chamar a si o protagonismo no jogo e consequentemente a conquista. Mas que o Mohammed V vai escaldar esta noite, lá isto vai…