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Marido detido por suspeita de envolvimento na morte da jornalista

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Seis homens já foram detidos, por suspeita de envolvimento no homicídio de Beatriz Fernandes, a apresentadora da TPA – Televisão Pública de Angola – que foi raptada e assassinada. De acordo com as nossas fontes, nenhum dos seis suspeitos detidos é de nacionalidade angolana.

Entretanto, começam a ganhar corpo, informações que indicam que o crime teve motivação passional, principalmente depois das autoridades descobrirem que a segunda vitima, Jumance Muxito, de 26 anos, mantinha uma relação amorosa com a jornalista. As suspeitas recaem ao ex. marido de Beatriz Fernandes, que segundo apurou o Correio da Kianda, já se encontra preso, sem no entanto a policia avançar as circunstancias da sua detenção. 

Assassinados a tiro 

O jornal de Angola na sua edição desta terça-feira, avança alguns pormenores:

A tia contou que, quando o carro foi interceptado, na Via Expresso, uma informação ainda não confirmada pela Polícia Nacional, a jornalista, que segurava o filho mais pequeno que dormia, foi retirada à força da viatura e alvejada com um tiro. 

“O motorista foi atingido com três tiros”, contou a senhora, citando as crianças que presenciaram o “hediondo acto”, como considerou o ministro da Comunicação Social, João Melo, em mensagem de condolências. A uma pergunta sobre quais são as principais linhas de investigação que o Serviço de Investigação Criminal deve seguir, Divaldo Júlio Martins foi peremptório em afirmar que “numa investigação todas as hipóteses devem estar em aberto e que só o desenrolar do processo vai permitir deixar cair as menos prováveis e ir afunilando as hipóteses até ficarmos com uma ou com o menor número possível”.

Depois de ter acentuado que “também é necessário não descartar as hipóteses que as circunstâncias do caso mais ressaltam”, o especialista em Segurança Pública rematou: “no caso vertente tanto se pode tratar de um homicídio por razões passionais da parte de alguém ligado à senhora, mas também não se deve ignorar a possibilidade de ser alguém ligado a parte do jovem. Também pode simplesmente tratar-se de um roubo concorrido com homicídio”.

Inevitável foi colocar a Divaldo júlio Martins a pergunta sobre se, em Angola, já pode haver profissionais do crime, que ganham a vida matando por encomenda: “Temos delinquentes profissionais, indivíduos que vivem do crime e estes, como digo, fazem o que for necessário para conseguirem os seus objectivos”, respondeu o especialista. 

A complexidade do próprio caso está a levantar acesas discussões desde que foi noticiada a existência de um segundo corpo na sexta-feira, tendo no dia anterior sido apenas noticiado a morte da jornalista, depois de ter sido dada como raptada em companhia de dois filhos.

A presença de uma quarta pessoa na viatura em que seguia a jornalista e os dois filhos só foi confirmada quando se divulgou que, além do cadáver da jornalista, havia um outro, que se diz ser do seu motorista, Jomance Muxito. O corpo do jovem foi transladado para Malanje, sua terra natal, onde foi sepultado domingo. O corpo da jornalista é sepultado hoje no Cemitério do Alto das Cruzes.

Sobre a investigação policial à volta do duplo homicídio, Divaldo Martins avisou: “Todas as hipóteses estão em aberto. O pior que se pode fazer nesse momento é fechar as hipóteses de análise, focando em apenas uma possibilidade. Isso pode nos levar a perder elementos essenciais e informação e deixar escapar os verdadeiros criminosos.” 

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