Manuel Fernandes prevê eleições difíceis para MPLA

O Presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes, afirmou, terça-feira, 24, que as eleições gerais previstas para Agosto próximo serão as mais difíceis para o MPLA, partido que governa Angola há mais de 4 décadas.

Manuel Fernandes fez essas declarações durante uma entrevista numa televisão privada na capital, durante a qual apontou o elevado nível de literacia e sentido crítico da juventude, como os factores para levar ao deslize o MPLA, visto a juventude é “grande maioria da população angolana”.

Outro dos factores que, para aquele político, concorrem para que as eleições gerais de 2022 sejam as mais difíceis para quem governa é o nivel de competitividade que tem sido demostrado pelos  demais concorrentes. o número um da CASA-CE citou também a ausência de Eduardo dos Santos “um hábil conhecedor dos meandros da fraude eleitoral”.

A boa capacidade de organização das forças política na Oposição, fruto da experiência adquirida nas eleições anteriores aliada à dura realidade concreta dos angolanos, exposta sem censura através das redes sociais, tornam, sengundo Manuel Fernandes, as eleições gerais mais difíceis para o partido que governa.

Fernandes voltou a criticar o mau desempenho dos órgãos de comunicação social públicos, quem têm os noticiários preenchidos com actividades políticas do MPLA, referindo, que a nível dos órgãos públicos o irritante ordens superiores continua presente e activo nas redacções. “Tenho dito, que a nível dos órgãos públicos o elemento ordens superiores ainda está vivo, ainda não morreu,” afirmou o político.

À frente dos destinos políticos da CASA-CE desde 16 de fevereiro de 2021, Manuel Fernandes assegurou que a Coligação que dirige goza de boa saúde política, reflectida na coesão interna dos seus órgãos e dirigentes, representados nos 164 municípios do País.

No âmbito do processo eleitoral em curso, o também membro do Conselho da República lembrou que na primeira quinzena de junho a Coligação vai apresentar aos angolanos o seu Programa de Governo e o seu Manifesto eleitoral.