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Politica

Manuel Fernandes diz que “tem moral” para continuar a dirigir a CASA-CE

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O político e presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes, reiterou recentemente à imprensa que a coligação eleitoral que lidera foi vítima da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), devido a sua composição meramente “partidocrata”. De acordo com o líder político, a matriz de composição da CNE é factor fundamental, a julgar pelo resultado que obtiveram nas últimas eleições gerais de 24 de Agosto deste ano, onde a CASA-CE não obteve nenhum assento parlamentar.

Manuel Fernandes enfatiza que esse discurso não é por acaso. Explica que os resultados que foram divulgados pela CNE e os resultados que foram feitos pela coligação no seu centro de escrutínio paralelo, e apesar de não terem todas actas das demais províncias, foram superiores, comparando com os resultados definitivos anunciados pela CNE.

O político disse que de acordo como os resultados anunciados pela CNE, a CASA-CE precisou pouco menos de mil votos para eleger um deputado. O coordenador geral da coligação disse que os dados apresentados pela sua formação política estavam muito longe do que se precisava para elegerem um mandato nesta legislatura. Por isso, segundo Manuel Fernandes, apresentaram vários recursos aos tribunais para poder contestar os resultados, “mas, infelizmente, não fomos bem sucedidos”, lamentou o político.

“Os resultados anunciados que prejudicaram a CASA-CE não correspondem com a realidade”.

O presidente da CASA-CE disse que a última reunião realizada no fim-de-semana passado serviu para analisar e definir o futuro da coligação eleitoral para os próximos desafios eleitorais, nomeadamente, as eleições autárquicas e eleições gerais.

Manuel Fernandes admite que a sua formação política não esteja bem estruturada, quer do ponto de vista da base e da materialização das orientações superiores à nível da base, o que fez com que, não se concretizasse aquilo que foi idealizado.

O líder da CASA diz “que tem moral para poder continuar a dirigir a coligação”, devido, segundo ele, “as reações da comunidade nacional e internacional que apoiam a sua continuidade”. Internamente está a ser um assunto que vai depender dos partidos políticos que formam a CASA-CE e dos seus militantes.

Quanto ao futuro político daquela que já foi a terceira maior força política em Angola, será decidido na próxima reunião do colégio presidencial, que será realizado no próximo mês.

De recordar que a CASA-CE é uma força política fundada em 2012, formada por cinco partidos políticos Partido Pacífico Angolano (PPA), Partido Apoio para Democracia e Desenvolvimento de Angola – Aliança Patriótica (PADDA-AP), Partido Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) e Partido Democrático Popular de Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA).