Ligar-se a nós

Destaque

Manuel Agusto defende a transferência do processo de Manuel Vicente para a justiça Angolana

Publicado

em

O ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, defendeu esta quinta-feira a transferência para a Justiça do país do processo que em Portugal envolve o ex-vice-Presidente da República, Manuel Vicente, mas garantindo que Angola sobreviverá a uma crise de relações com Portugal.

O ministro  falava à imprensa, no aeroporto internacional 4 de fevereiro, em Luanda, à chegada de Abidjan, Costa do Marfim, onde participou na 5.ª cimeira União Europeia – União Africana, acompanhando o Presidente da República, João Lourenço, tendo alertado que Angola não está à procura de “briga”, mas que não vai fugir dela, para defender a soberania e dignidade do país.

Em causa está o caso “Operação Fizz”, processo em que Manuel Vicente, é suspeito de ter corrompido, em Portugal, Orlando Figueira, quando este era procurador do DCIAP, departamento do Ministério Público, que investiga a criminalidade mais grave, organizada e sofisticada, designadamente de natureza económica.

Com este pedido, realçou o ministro, o Estado angolano está apenas a fazer recurso a um instrumento judiciário que existe entre os dois países, de cooperação em matéria judicial.

Para Manuel Augusto, a desconfiança que o Ministério Público (MP) português apresenta em relação à Justiça angolana, de que a mesma não vá levar “esse caso com a seriedade necessária”, “é um juízo de valor que não pode existir”.

“Portugal e o seu poder político não têm o direito de pôr em causa o nosso sistema judiciário [angolano] até porque se assinaram com Angola um acordo judiciário, é porque reconheceram em Angola um parceiro credível para esse tipo de acordo. Aqui é um problema de soberania, não é um problema de birra, de complexo”, disse.

Manuel Vicente está acusado de corrupção ativa na forma agravada, branqueamento de capitais e falsificação de documentos.

Continuar a ler
1 Comentário

1 Comentário

  1. Aimé Mvemba

    02/12/2017 em 3:39 pm

    Nós queremos uma total tranparência no tratamento desse dossier. Se o delito foi cometido em Portugal, porque nâo deixar a justica portuguesa averiguar esse caso?

Deixar uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *




© 2017 - 2022 Todos os direitos reservados a Correio Kianda. | Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem prévia autorização.
Ficha Técnica - Estatuto Editorial RGPD