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Sociedade

Manifestantes pedem presença da JMPLA na quinta manifestação contra o desemprego

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Jovens angolanos realizam, hoje e amanhã, a quinta marcha contra o desemprego em Angola. Na senda dos protestos, os organizadores desafiam o líder da JMPLA, Crispiniano dos Santos, e os seus membros a participarem no acto.

O coordenador provincial de Luanda da quinta marcha, Fernando Sakwayela, apelou aos jovens angolanos e aos líderes juvenis partidários a aderirem ao protesto. O responsável endereçou um convite extensivo ao secretário nacional da JMPLA, Crispiniano dos Santos.

A marcha teve o ponto de concentração no cemitério da Santa Ana, pelas 12 horas, e segue roteiro até o Largo da Independência.

O coordenador entende que a adesão à marcha, de mais onze províncias e mais de cinco países, deve levar à reflexão quem governa.

“A manifestação conta com a adesão de mais de onze províncias, sinal de um descontentamento terrível e sofrido. Mas também um indicador para quem governa reflectir, em vez de nos perseguir”, disse e acrescenta que tem a “solidariedade da diáspora angolana no Brasil, na França, na Holanda, no Reino Unido, nos EUA, em Portugal, na África do Sul e na Namíbia. Na diáspora a manifestação está a decorrer de fronte as embaixadas angolanas”.

Por sua vez, o líder do Movimento dos Estudantes de Angola (MEA), Francisco Teixeira, um dos organizadores dos protestos, mostrou-se “revoltado e indignado”, com aquilo que considera como “políticas falhadas do Executivo angolano virado para a empregabilidade juvenil”.

“Iremos nos manifestar para exigirmos a promessa eleitoral do Presidente da República, João Lourenço. Em 2017, na véspera da campanha eleitoral, o actual chefe do Estado, na altura enquanto candidato, prometeu mais de 500 mil postos de trabalho”, lembrou.

Segundo o líder juvenil estudantil, 80% da juventude angolana está desempregada. Para o jovem, atendendo a esta estatística, é necessário cada vez mais aumentar a pressão a quem governa com protestos de ruas.

Francisco Teixeira também desafia, políticos, fazedores de opinião jornalistas, académicos e todas as figuras conhecidas da sociedade, em particular o líder da JMPLA, “que compareçam e mostrem o seu descontentamento e solidariedade, com os angolanos, em particular os jovens desempregados”, apelou.

Os organizadores explicam que a quinta marcha contra o desemprego em Angola a ser realizada em tempo de covid-19 visa, entre outras razões, chamar a atenção à sensibilidade do Executivo para garantir uma maior protecção social das famílias vulneráveis, conforme atesta o Artigo 90 da CRA, sob epígrafe Justiça Social.