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Politica

Manifestação contra Edeltrudes Costa congrega dezenas de jovens em Luanda

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Dezenas  de jovens activistas manifestaram-se neste sábado, 03, exigindo do Presidente da República a exoneração do seu director de gabinete, Edeltrudes Costa, por supostamente ter sido favorecido pelo Estado em contratos milionários, durante a governação de José Eduardo dos Santos e de João Lourenço, segundo noticiou recentemente a televisão portuguesa TVI.

A concentração dos activistas teve lugar no Largo das Heroínas, de onde partiram em marcha até à zona da Mutamba, local onde foram travados pela polícia da ordem pública, com suporte da polícia anti-distúrbio.

Empunhando cartazes improvisados com os dizeres “Edeltrudes, fora”, durante o percurso, os activistas fizeram uma paragem em frente à portaria da Rádio Nacional de Angola, onde, por quase 5 minutos,  protestaram contra a ausência do referido órgão de comunicação social do Estado, na referida actividade.

Salientaram os manifestantes que a par da exigência no pedido de exoneração, o silêncio do Presidente da República, em relação às revelações feitas pela televisão portuguesa contra o director do seu gabinete, esteve também na base da manifestação.

“Se aquando das reportagens do Luanda Leaks, a PGR e outros órgãos do Estado vieram à público condenar os dinheiros roubados pela senhora Isabel dos Santos, porque desta vez com o director do gabinete do Presidente da República, o senhor Edeltrudes Costas, o presidente não vem a público?”, questionou, Adão Luandi, em entrevista ao Correio da Kianda.

Para Laura Macedo, uma das activistas cívicas presente na marcha, a luta contra a corrupção do presidente João Lourenço “não tem passado de uma falácia”  por, no entender da mesma, explica, não estar a se investigar “da cabeça aos pés” os milionários angolanos que tornaram-se ricos construindo fortunas, à custa do Estado.

“Quem quer começar uma luta destas, se quer ser sério, tem de se limpar porque ele fez parte estes anos todos, ele subiu ao poder com os dizeres muito bonitos, só que até agora nós ainda não vimos ninguém a ser investigado da cabeça aos pés, e isso é que seria uma luta contra a corrupção justa”, disse, em entrevista ao Correio da Kianda.

Organizada para pressionar o Presidente da República a demitir o seu director de gabinete, Dito Dali, um dos organizadores da manifestação, que  destacou o combate à corrupção como a bandeira do presidente João Lourenço, disse, “que a Presidência da República não pode servir de um abrigo para “corruptos”, acrescentando “ser bom que o presidente estenda a luta contra a corrupção para todas as esferas e que a responsabilização seja para todos”, disse.