Sociedade
Manifestantes desvalorizam apelos de Paulo de Almeida e saem à rua
Nem mesmo com as restrições de circulação rodoviária que se verificaram nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira, 11, com a Polícia a interditar cidadãos, fazendo revistas, conseguiu-se impedir que os manifestantes saíssem à rua.
O largo do cemitério da Santa-Ana, local previsto pelos activistas como sendo o de concentração, foi o primeiro a ser tomado de assalto pelas forças da ordem, com a Polícia de Intervenção Rápida a dispersar os cidadãos que circulavam por aquele local.
Frustrada a intenção de concentrar-se no largo do cemitério da Santa-Ana, os activistas usaram a avenida Brasil como o local da marcha, num percurso, que tiveram que passar pelo Hospital Américo Boa-Vida, onde um braço-de-ferro entre manifestantes e a Polícia, resultou em vários feridos, dentre eles Nito Alves e Laurinda Gouveia, detenção de cidadãos, e uma morte ainda por se confirmar.
Para dispersar os manifestantes, foram registadas balas reais, usadas pela Polícia Nacional e gás lacrimogéneo.
Esta semana, o Comandante Geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, terá apelado aos cidadãos a não aceitarem juntar-se aos jovens que pretendiam realizar manifestação no Dia da Independência, um apelo que acabou por ser desvalorizado pelos promotores da manifestação, que, contra todos os repúdios, saíram hoje à rua.