África
Manifestantes destroem estátua de figura da luta de libertação em Moçambique, diz jornalista
Pelo menos 88 pessoas morreram e 274 outras ficaram gravemente feridas durante as manifestações e paralisações de contestação aos resultados eleitorais em Moçambique, desde 21 de Outubro, indicou esta sexta-feira, a organização não-governamental (ONG) Plataforma Eleitoral Decide.
De acordo com o relatório divulgado pela plataforma de monitorização eleitoral moçambicana, há ainda registo de 3.450 detidos neste período.
O candidato presidencial Venâncio Mondlane apelou para uma nova fase de contestação eleitoral de uma semana, de 04 a 11 de Dezembro, em todos os bairros do país, com paralisação da circulação automóvel.
Segundo a CNE local, Mondlane ficou em segundo lugar, com 20,32%, mas este não reconhece os resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional.
Em exclusivo à Rádio Correio da Kianda, o jornalista moçambicano Romeu Carlos descreveu hoje o terceiro dia das novas manifestações como sendo de caos por conta destruição da estátua de uma figura considerada icónica na luta de liberação nacional.
“Moçambique vive hoje o terceiro dos sete dias de manifestações convocadas pelo candidato Venâncio Mondlane. Ainda hoje relatos chegam de Cabo Delgado que ouve-se muitos tiros, e a população destruiu a estátua de uma figura icónica na luta de libertação do país que é Alberto Chipande, considerado o homem que deu o primeiro tiro” avançou.
O jornalista falou ainda que a questão de Pemba, em Cabo Delgado, ressalta a questão da segurança que a província se recente desde 2017, uma vez que é assolada pelo terrorismo em vários distritos da zona norte daquela região.
“A polícia acredita que há infiltrados nestes tumultos na província, que são associados a o terrorismo”, vincou.