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Mali corta relações diplomáticas com Ucrânia por violação a soberania

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A junta militar no poder no Mali anunciou neste domingo, o corte de relações diplomáticas com a Ucrânia por “violação a sua soberania” por meio de recentes confrontos no norte do país e que deixaram dezenas de militares mortos.

O anúncio foi feito através de um comunicado em que o exército maliano manifesta apoio a Rússia sobre o “carácter neonazi” das autoridades ucranianas pelo seu alegado apoio a grupos no país africano.

O despoletar das relações deve-se ao facto de no passado mês de Julho, ter havido uma batalha no norte do país, perpetrado pelos serviços secretos ucranianos, e que resultou na derrota do exército maliano e dos mercenários do grupo Wagner, da Rússia, com dezenas de mortos.

Para o exército maliano, estes acontecimentos “violam a soberania do Mali, ultrapassam o quadro da ingerência estrangeira, já de si condenável, e constituem uma agressão contra o Mali”.

Citadas pelo site Notícias ao Minuto, as autoridades malianas declaram ainda que “subscrevem o diagnóstico estabelecido pela Federação Russa, que há anos alerta o mundo para o carácter neonazi e vil das autoridades ucranianas”.

Movidos por estes factos, o Mali anuncia o corte “com efeito imediato” das relações diplomáticas com a Ucrânia e o envio “às autoridades judiciais” das acções do chefe dos serviços secretos ucranianos e do embaixador como constituindo, na sua opinião, “actos de terrorismo”.

A batalha de Tinzaouatene, registada entre 25 e 27 de julho de 2024, resultou na derrota de uma unidade de militares e mercenários do grupo Wagner, que se confrontaram com os secessionistas tuaregues e com extremistas islâmicos aliados da Al-Qaida.

Wagner reconheceu a derrota e as baixas entre as suas fileiras, enquanto a Al-Qaida referiu a morte de 50 mercenários e 10 militares malianos, e os secessionistas calculam em 84 o número de mortos entre os membros russos do grupo.

Após a derrota, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, garantiu ao seu homólogo maliano, Abdoulaye Diop, que a Rússia ajudará o Mali a reforçar o seu exército.

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