Sociedade
Malária matou mais de seis mil pessoas no país este ano
Angola diagnosticou, de Janeiro até à presente data, 12 milhões de casos de malária e, deste número, cerca de seis mil acabaram por morrer, informou, domingo, no Dubai, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta.
Após apresentar no painel “O impacto das alterações climáticas no aumento das doenças tropicais”, a governante disse à imprensa que os casos de malária tendem a subir, devido, cada vez mais, aos défices no diagnóstico precoce nos anos anteriores.
Na visão da ministra, apesar das mortes por malária chegarem às seis mil, ainda assim, se pode dizer que a taxa de mortalidade reduziu. Este, prosseguiu Sílvia Lutucuta, é um sinal de que, além do diagnóstico precoce da doença, os pacientes estão a receber tratamento, e, mesmo em casos mais graves, há fármacos adequados.
Em relação à vacina contra a malária, Sílvia Lutucuta informou que o Ministério da Saúde está a trabalhar no processo de aquisição da mesma que, nessa fase inicial, regista escassez na produção.
Por esta razão, adiantou a ministra, a prioridade será dada aos países que participaram nos estudos multicêntricos que antecedem a produção de qualquer vacina.
De acordo com a governante, o sector da Saúde está a negociar com a empresa produtora de vacinas da malária (que é a GAV), bem como com os fornecedores, além de estar, também, a mobilizar recursos financeiros para que a aquisição seja feita ainda em 2024.
Segundo a governante, enquanto a vacina não chega, precisa-se trabalhar para a melhoria do saneamento básico, promoção da luta anti-vectorial, anti-larval, usando os mosquiteiros para evitar que mais pessoas desenvolvam a malária.