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Makas na Clínica Girassol

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Impedidos de entrar nas instalações da Clínica Girassol, em Luanda, desde o passado mês de Junho, os funcionários da empresa Uniservices, contratada para prestar serviços de limpeza à unidade de Saúde, concentram-se diariamente no local para exigir uma explicação e protestar contra o alegado incumprimento de um contrato válido até 2018. A ruptura deixa cerca de 400 trabalhadores em risco de desemprego.

Sem aviso prévio nem qualquer justificação, a Clínica Girassol em Luanda, rompeu o vínculo contratual que a ligava, até 2018, à empresa prestadora de serviços Uniservices, presente na unidade de Saúde desde 2011.

A situação de incumprimento já dura há um mês e deixa cerca de 400 funcionários em risco de desemprego, disse ao Novo Jornal Online supervisor geral da empresa, Boaventura Tomé

De acordo com responsável, embora o contrato da Uniservices com a Clínica Girassol só terminasse em Maio de 2018, no dia 30 de Junho os funcionários foram impedidos de entrar nas instalações da unidade e por isso, proibidos de cumprir as respectivas obrigações laborais.

Neste cenário, e segundo o supervisor, a direcção da empresa Uniservices instruiu os seus trabalhadores a permanecerem no exterior da clínica, como forma de marcar presença, tendo em conta que o contrato ainda não terminou.

“Nós vamos continuar aqui, à espera de uma resposta final, e quem não cumprir será considerado ausente”, sublinhou o supervisor.

Entre os muitos funcionários que diariamente permanecem diante da clínica, num clima de desespero, encontra-se Lúcia Dias, de 47 anos, que diz estar muito triste com a situação. “O que mas me entristece é que nem os nossos pertences nos permitem tirar. Isso não é justo, e é mais uma das razões que nos faz estar aqui fora”, lamentou.

Por sua vez, a colega Marcela Gomes, funcionária da Uniservices há sete anos a trabalhar na Girassol diz estar cansada desse vaivém diário, sem qualquer resposta da clínica.

“O que queremos é que nos entreguem os nossos pertences e depois resolvam o problema contratual, porque esse é o nosso posto de trabalho”, protestou, acrescentando os maus-tratos à lista de queixas.

“Nos ameaçaram dizendo que quem entrar vai ter consequências graves”, disse.

Unidos na contestação, o grupo de funcionários da empresa Uniservices apela à direção da Sonangol para se pronunciar sobre o assunto.

“Se continuar assim nós iremos efectuar uma manifestação contra essa decisão que só nos prejudica. Somos responsáveis e temos responsabilidades familiares. Também merecemos respeito”, frisam os funcionários ouvidos pelo Novo Jornal Online.

Com 400 funcionários directo que prestavam serviços de limpeza na Girassol, a Uniservices trabalha na clínica desde 2011.

A relação parece agora ter chegado ao fim sem qualquer explicação. O Novo Jornal Online endereçou, no passado dia 10 de Julho, um pedido de esclarecimento sobre este diferendo à direcção da Sonangol, proprietária da Clínica Girassol, mas não obteve qualquer resposta.

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