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Mais de dois mil voluntários em limpeza de praias em Luanda

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Mais de dois mil voluntários, sobretudo jovens, juntaram-se no sábado, 16, à campanha de limpeza de praias em Luanda e recolheram 30 toneladas de resíduos sólidos.

A acção, de iniciativa privada, foi no âmbito do dia mundial da limpeza, e durou quatro horas e deixou a conhecida Praia Amélia, no distrito Urbano da Samba, em Luanda, livre dos resíduos que têm sido deixados pelos banhistas que aos finais de semana acorrem àquele espaço marítimo em busca de lazer.

A referida campanha de limpeza de praias foi realizada pela Associação Nação Verde e a multinacional Refriango.

Durante 4 horas, os voluntários comprometidos com a defesa e preservação do meio ambiente recolheram cerca de 30 toneladas de resíduos, entre garrafas de plástico PET e outros, na Praia Amélia, em Luanda.

A acção marcou o Dia Mundial da Limpeza, celebrado em mais de 197 países, e que tem lugar em Angola desde 2018, sendo que este ano contou com a apoio do Gabinete da Vice-Presidente da República, do Ministério do Ambiente, representado pela Agência Nacional de Resíduos, e mais de 15 empresas privadas.

No grupo de voluntários constavam membros da associação de ambientalistas Nação Verde, instituições de ensino, culturais e desportivas, e de escolas pertencentes à rede da Comissão Nacional de Angola para a UNESCO (CNU-Angola).

Inspirado numa acção massiva de limpeza de praias na Estónia, em 2008, o Dia Mundial da Limpeza, “World Clean Up Day”, tem como objectivo aumentar a consciência sobre a crise dos resíduos mal geridos, envolvendo os cidadãos, a sociedade civil, governos, empresas e organizações não governamentais em acções de limpeza e na busca de soluções para a gestão de resíduos.

O representante da Associação Nação Verde, co-organizadora do Dia Mundial da Limpeza, Nuno Cruz, disse que “é importante que Angola, através da sociedade civil, Empresas Públicas e Privadas, participem de forma massiva na acção global que junta quase duas centenas de países para limpar o mundo”.

Nuno Cruz apelou, ainda, às empresas a aderirem ao Pacto Global das Nações Unidas, de forma a comprometerem-se com os 10 princípios do mesmo, e a alinharem as suas acções com os 17 objectivos do desenvolvimento sustentável. Por outro lado, queremos valorizar as parcerias com as empresas privadas, como a Refriango e a Coca-Cola, que apoiam de forma permanente e lideram movimentos como o que hoje aqui assistimos onde, lado-a-lado com a Associação Nação Verde, potenciam a massificação das mensagens e recrutamento de mais parceiros e voluntários para projectos de defesa do ambiente”, avançou.

Por sua vez, a Administradora de Marketing da Refriango, Tânia Jardim, salientou que “a união dos esforços de todos aqui hoje presentes é, sem dúvida, um sinal de responsabilidade e mudança”.

A gestora da engarrafadora oficial da Coca-Cola em Angola, realçou que “o despertar de consciências tem estado no centro das acções da Refriango e da Coca-Cola”.

“O nosso trabalho diário procura não só encontrar formas mais sustentáveis de produzir os nossos produtos, mas também como educar os nossos consumidores e parceiros para a importância da preservação do meio natural. Quando nos unimos como comunidade, demonstramos que nos importamos com a saúde do nosso planeta e com as gerações futuras. Devemos trabalhar em conjunto com organizações ambientais, governos locais e empresas para encontrar soluções sustentáveis e garantir um futuro mais limpo e saudável para todos”, acrescentou.

Paula Lima Matoso, Directora de Marketing em Angola da Coca-Cola, sublinhou “a importância de ano após ano, centenas de voluntários assinalarem o Dia Mundial da Limpeza em Angola com persistência e acções contundentes que têm um impacto real e visível na comunidade e no meio ambiente”.

Continuou, lembrando que “esta é uma corrida de fundo que exige tempo, esforço e dedicação de todos os que acreditam que a sustentabilidade é uma missão urgente”. “A nível mundial, a Coca-Cola está fortemente empenhada com esta questão, no âmbito da plataforma JAMII e da campanha Mundo Sem Lixo (World Without Waste).

Transpomos esses mesmos objectivos a nível local, porque sabemos que é no terreno que temos que actuar e dar o exemplo, como vimos hoje na Praia Amélia”.

Em conjunto com a ANV e a CNU-Angola, ambas as empresas lançaram, em Abril passado, o projecto “Educação Ambiental nas Escolas”, que permitiu a instalação de 10 ecopontos em escolas de Luanda e a formação, em sustentabilidade ambiental, de professores e 20 mil alunos a partir dos 13 anos. Este programa incluiu também o concurso escolar “Planeta Oceano, As Marés estão a Mudar”, no âmbito do “Ecomovimento Oceano” e do Dia Internacional dos Oceanos (8 de Junho), e a participação na Feira Ecológica da CNU-Angola, durante o Dia Mundial do Ambiente (5 de Junho).

No início do ano, outra iniciativa ambiciosa, desta vez em parceria com a Associação Nação Verde, permitiu a instalação de oito ecopontos em postos de abastecimento da Pumangol, em Luanda, para reciclagem e reutilização de papel, cartão, vidro e plástico PET, e com os quais se espera recolher mais de 5 mil toneladas de resíduos sólidos até ao final do ano.

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