Sociedade
Mais de 60 porcento dos professores de Mbanza Kongo aderem à greve
A greve dos professores decretada, a partir desta segunda-feira, pelo Sindicato Nacional de Professores (Sinprof) está a ser observada acima dos 60 porcento no município de Mbanza Kongo, província do Zaire.
Esse dado foi avançado, à Angop, pelo secretário municipal do Sinprof de Mbanza Kongo, Orlando Samuel, tendo admitido haver professores que deram aulas, mas por receio de sofrerem represálias das direcções das escolas.
“Estamos a percorrer todas as escolas do município para constatar no terreno o grau de adesão à greve em todo o subsistema de ensino não universitário. Podemos depreender que os professores estão a aderir em massa à grave”, referiu.
Segundo o responsável, nas escolas onde a comissão fiscalizadora já passou notou-se a presença dos professores apenas no recinto escolar, facto que demonstra que os docentes já ganharam a consciência de ver resolvidas as suas inquietações laborais e salariais por parte da entidade patronal.
Por sua vez, o secretário provincial do Sinprof do Zaire, Mambuene António, lembrou que o professor é livre de aderir ou não à greve.
Denunciou a existência de certos directores de escolas que estão a coagir professores para leccionarem, o que constitui infracção punível no artigo 25º e 26º, da lei da greve.
O SINPROF anunciou, sexta-feira (06), em Luanda, a retoma da terceira fase da greve nacional dos professores de 9 a 27 deste mês.
Os principais motivos da greve são: a não aprovação do novo estatuto da carreira docente, a falta da actualização de categorias dos professores em serviço e a não transição de professores do regime probatório para o quadro definitivo.