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Mais de 4 milhões de pessoas deixaram Angola em três anos

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Entre os anos de 2017 e 2020, pelo menos 4,4 milhões de cidadãos, entre nacionais e estrangeiros, deixaram Angola, segundo dados do Serviço de Migração e Estrangeiros, tornados públicos pelo Valor Económico.

As questões sociais, políticas, religiosas e económicas, entre outras, constituem uma das razões do aumento dos elevados números de cidadãos a abandonarem o país nos últimos três anos.

“A imigração é um direito internacional para qualquer cidadão pertencente a um estado, desde que esteja legal para imigrar”, argumentou o sociólogo Agostinho Paulo.

Submetendo à realidade angolana, o especialista entende que as volumetrias de imigrações ocorridas entre os períodos acima supracitados devem-se a questões sociais, económicas e políticas.

“As condições económicas, valorização de quadros, assistência médica e medicamentosa e melhor remuneração tem sido um calcanhar de aquiles para cidadãos que almejam melhores condições de vida, por isso, entendem que a via mais viável para dar resposta a estas privações é deixar o país e assim procurar melhores qualidades de vida para as suas famílias”, disse o sociólogo.

Dentre a problemática da imigração figura a redução da capacidade produtiva do país, pelo facto de alguns profissionais deixarem as suas áreas de actuação com o propósito de prestar serviços em outros país.

“Cria despovoamento no território nacional, escassez de especialistas em diferentes matérias colocando assim o país numa instabilidade relacional entre o cidadão e estado”, disse.

Agostinho sustenta que todos os angolanos devem sentir-se responsáveis para o melhoramento do país, contribuindo para a criação de políticas públicas com vista a oferecer melhores condições de vida.

A diferença de saída e entrada em território nacional, em três anos, é de 186.884, ou seja saíram mais pessoas do que entraram.




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