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Mais de 20 cidadãos levados às barras do tribunal por exploração ilegal de ouro no Cubango

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Segundo o porta-voz, a operação “Combate Cerrado” teve como principal objectivo o desmantelamento de redes de exploração ilícita de minérios estratégicos, onde foram detidos vinte e dois cidadãos nacionais, no sábado, 08, no bairro Capila-2, sede municipal do Cuchi, província do Cubango.

Alberto Paciência disse que diariamente afluem no local mais de 150 pessoas, tendo os cidadãos da província da Huíla, município da Jamba, como os potenciais compradores.

O procedimento da extracção ilegal do ouro foi detalhado por Pinto Baptista Cassanga, um dos acusados que já pratica a exploração por quatro meses e, segundo revelou, aprendeu a explorar o ouro com os colegas.

Pinto desconhece a origem e os primeiros protagonistas da exploração no Cuchi, bem como a quantidade de ouro que já foi extraída até ao momento, mas garante que várias pessoas conseguiram comprar bens materiais e gados com o ouro retirado.

“Primeiro passo para extrair o produto era a ampliação de um buraco, nesse buraco conseguíamos caminho, extraímos as pedras e cortamos em metades, colocamos no almofariz pisamos, peneiramos, pusemos na banheira, tiramos a seguir o pó, depois coamos e separamos o ferro da área para extrairmos”, explicou.

Pinto Baptista Cassanga justificou que a sua presença no trabalho ilegal, deve-se ao custo elevado de vida.

“Devido a carência que estamos a passar, tinha que chegar aqui, a vida obriga isso, estando em casa não se encontra nada, então vim aqui para trabalhar”, informou.

Com o trabalho conjuntural das forças de defesa foi possível recuperar três motorizadas, 21 barras de mina, 26 marretas, 61 picaretas, 90 pás, uma motobomba, uma máquina trituradora e uma arma de fogo do tipo caçadeira.

Com este material, disse, os 22 cidadãos realizavam a exploração ilegal do ouro, escavando, assim, buracos com mais de 60 metros de comprimento.

Os implicados, que estão agora a ser acusados de exploração ilegal de minérios estratégicos, serão presentes ao Ministério Público dentro do prazo para sua responsabilização.

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