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Mais de 138 mil habitantes dependem de apenas cinco médicos no Cuando

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Sete funcionários por administração municipal e apenas cinco médicos para atender uma população estimada em 138.770 habitantes.

Estes são os números apresentados pelo governador provincial do Cuando, Lúcio do Amaral, para ilustrar a grave escassez de recursos humanos que afecta a administração pública e o sector da saúde na província.

Segundo o governante que Falava esta segunda-feira, 29, em Mavinga, as administrações municipais operam com equipas reduzidas, que variam entre cinco e sete funcionários, uma realidade que limita a capacidade de resposta do Estado às necessidades das comunidades locais e compromete a execução eficaz das políticas públicas.

No sector da saúde, a situação é ainda mais preocupante. Com apenas cinco médicos para toda a província, o acesso aos cuidados médicos torna-se difícil para milhares de cidadãos, sobrecarregando os profissionais existentes e fragilizando o sistema de saúde local.

Lúcio do Amaral considerou que este quadro constitui um entrave ao desenvolvimento socioeconómico do Cuando e defendeu a necessidade urgente de reforço de quadros, sobretudo nas áreas da saúde, educação e administração pública, apelando ao apoio do Executivo central para melhorar as condições de vida da população.

Apesar das dificuldades, o governador anunciou que a província vai beneficiar da construção de várias infraestruturas estruturantes, que visam criar melhores condições de funcionamento do Estado e impulsionar o desenvolvimento local. Entre as primeiras obras a serem executadas constam a sede do Governo Provincial, o Palácio Provincial e a residência oficial do governador, sinalizando o início da materialização da infraestrutura administrativa da província.

O plano inclui ainda a construção do Palácio da Justiça, bem como das sedes das administrações municipais de Luengue, Mavinga, Luiana e Xipungo. Está igualmente prevista a instalação de sistemas de captação, tratamento e distribuição de água potável nos municípios de Mavinga e Dirico, com vista a melhorar o acesso das populações a água segura.

No sector da educação, o governador anunciou a construção de 35 novas escolas, uma medida destinada a reduzir o número de mais de 10 mil crianças actualmente fora do sistema de ensino, devido à insuficiência de salas de aula e vagas disponíveis.

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