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Mais da metade dos pescadores não tem qualificações para exercer actividade

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Angola tem 45.500 pescadores artesanais na cosa marítima. Destes, mais de metade não tem qualificações mínimas exigidas para a actividade.

De acordo o coordenador de Pescas, David Gonçalves, a falta de formação dos pescadores artesanais é um problema que tem causado constrangimentos à actividade.

“Um pescador profissional com conhecimento, leva no mínimo três anos para ter as bases para ir ao mar e defender o ecossistema”, disse, referindo que a pesca não se deve resumir no acto de levar uma embarcação e regressar com peixe.

David Gonçalves disse que em Angola não existe formação no sector das pescas, razão pela qual os pescadores artesanais angolanos não possuem qualquer formação e fazem-se ao mar sem o mínimo dos requisitos exigidos internacionalmente.

“A embarcação de 7 metros deve ter um radar, um rádio de VDF. O pescador para poder ter um rádio de VDF tem de ter uma certificação em comunicação de emergência. Nós vemos todos os anos, na altura das calemas morrem pessoas. Ele nem sabem ler uma bússola magnética”, referiu.

Aquele profissional defendeu investimento na formação e no registo de todas as embarcações artesanais que se fazem ao mar bem como a certificação dos pescadores, com vista a evitar as mortes que regularmente se vêem assistindo.

Já a ministra do Mar e Recursos Marinhos, Carmem do Sacramento Neto, disse que estas preocupações já são do domínio do seu departamento ministerial, não só referente à pesca artesanal, como também na pesca semi-artesanal.

Para a governante, a Autoridade Nacional Marítima deve olhar com responsabilidade para estas questões, a julgar pela salvaguarda de vida dos pescadores.

Radio Correio Kianda




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