Politica
Mãe de acusados de actos terroristas afirma “estar admirada” com acusação
Gertrudes Nassimba, mãe de três dos arguidos, disse estar ainda admirada pelo facto de os filhos estarem a ser acusados destes crimes, uma vez que nunca tiveram indícios de criminalidade.
A progenitora disse que os filhos cresceram numa família humilde e que até ao momento está admirada com a acusação de que seus filhos, João Deussino, Domingos Muecália e Crescenciano Capamba são alvo.
“Quando me apercebi eu vinha da lavra, e que perguntei, será que esses meninos por causa da pobreza começaram a roubar, ou violaram a mulher alheia, porque não sabia de nada ainda, mas quando me informaram que o mano Nguito e o Joel lhes apanharam com uma coisa que não se deve perdi as forças”, contou.
Os sete cidadãos acusados de prepararem atentados terroristas, durante a visita do ex-Presidente norte-americano, Joe Biden, a Angola, podem pegar até 15 anos de prisão, de acordo com o representante do Ministério Público (MP), no processo, que solicitou esta pena em sede de tribunal.
O Tribunal de Comarca do Huambo deu início, esta segunda-feira, 10, ao julgamento do caso.
Para o procurador Avelino Capessa há muitos elementos que sustentam a acusação, sustentando que “só os réus decidiram abortar o processo pelo forte aparato de segurança da cidade alta, e que não tinham nenhum ponto de recuo e os materiais que usavam serem obsoletos”, daí o procurador, estar a acusa-los de posse de substâncias tóxicas, posse de explosivos e falsificação de documentos.
Oliveira Nasso, do escritório de advogados de David Mendes, que representa a defesa, solicitou ao tribunal a possibilidade de um acordo com a Justiça em troca de benefícios legais.
Estão arrolados no processo os cidadãos João Gabriel Deussino, como líder da “organização terrorista”, Domingos Muecália, Crescenciano Capamba, Francisco Ngunga Guli, Adelino Camulombo Bacia, Arão Rufino Kalala e Pedro João da Cunha.
A audiência dos restantes seis envolvidos no processo nº 109/2025, dos presumíveis autores da conhecida “Operação Rastejante”, prossegue hoje, prevendo-se que a sessão dure quatro horas.
Por Queirós Chiluvia e Delgado Teixeira