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Macron faz balanço positivo da cimeira do G7 em Biarritz

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A cimeira do G7 de Biarritz, no sudoeste de França, terminou oficialmente esta tarde com uma declaração final que segundo o Presidente francês não foi negociada antes do encontro, mas sim, foi redigida por ele-próprio “na sequência de discussões” para depois ser distribuída e validada pelos participantes da cimeira. Para o Presidente francês, “vai ser implementada uma fiscalização independente dos compromissos que constam desta declaração”.

De acordo com o conteúdo efectivo da declaração, acerca do nuclear iraniano, refere-se que os países do G7 “partilham plenamente dois objectivos; o de fazer com que o Irão nunca possa dotar-se da arma nuclear e o de favorecer a paz e estabilidade na região”, sendo que ainda esta Segunda-feira o Presidente americano se declarou disposto a dialogar com o seu homólogo iraniano “sob certas condições”.

Relativamente a este dossier, há pouco em entrevista à televisão pública francesa, Macron considerou que“o que se conseguiu durante este G7 é 1) baixamos a pressão e isso é importante, 2) houve abertura, cada um dos presidentes dizendo estar disponível para um encontro sob certas condições e 3) houve discussões muito técnicas, muito confidenciais com os iranianos, com os americanos, os britânicos e os alemães e vemos progressivamente quais são as condições que poderiam ser criadas nas próximas semanas”. Ao referir ainda que daqui por diante “vai haver um trabalho muito técnico, muito diplomático” o chefe de Estado francês alertou para a fragilidade do consenso, vincando que “é preciso ter cuidado”. Eis o detalhe das suas declarações.

De referir que para além do Irão, outras questões foram mencionadas na declaração final. Neste compromisso, foi anunciada a organização em Setembro de uma cimeira sobre o conflito na Ucrânia juntando este país com a França, a Rússia e a Alemanha, sendo que na óptica de Emmanuel Macron estão reunidas as condições para uma cimeira “útil” em torno desta guerra que provocou a morte de 13 mil pessoas desde 2014.

Relativamente às guerras comerciais envolvendo os Estados Unidos com várias partes do globo, nomeadamente a China, ficou assente na declaração final que é necessário “efectuar mudanças profundas na Organização Mundial do Comércio”, sendo que o Presidente francês anunciou por seu lado ter alcançado um consenso com o seu homólogo americano em torno das taxas a serem aplicadas pela França sobre os gingantes americanos da internet. Segundo o compromisso obtido neste G7, os países membros deste grupo deverão entender-se em 2020 sobre uma taxa a ser aplicada a nível internacional e, uma vez instaurada esta fiscalidade multilateral, a França compromete-se a suprimir a sua própria taxa e a “compensar” as referidas empresas através de reduções de impostos.

Deste compromisso comum, não consta todavia a questão ambiental, apesar de ter sido um dos pratos fortes do encontro que encerrou com a promessa de uma ajuda urgente de 20 milhões de Dólares para os países afectados pelos incêndios na floresta Amazónica. Comentando precisamente a ausência desta problemática da declaração final, a ONG ambientalista Greenpeace considerou que “se precisa mais do que palavras para enfrentar a urgência climática”.

 

Fonte: RFI

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