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Macron diz que não participará de “competição entre potências” por controlo de África

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O presidente Emmanuel Macron visitará quatro países africanos, a partir desta quarta-feira, 01, numa tentativa de contrabalançar os esforços russos para desalojar a França do continente, depois que Paris sofreu uma série de reveses militares e políticos em sua antiga esfera de influência.

No dia 01 de Março, o presidente francês chegará ao Gabão, onde participará de uma cimeira ambiental, de seguida visitará Angola, a República do Congo e, finalmente, a República Democrática do Congo, sendo o foco da viagem ostensivamente longe das problemáticas ex-colônias francesas no Sahel, onde o sentimento antifrancês está em ascensão.

Contudo, antes do início da viagem, esta segunda-feira, 27, Macron disse que não permitirá que a França se torne “o bode expiatório ideal” em África, em resposta às críticas àquele país, de alguns países africanos, por não conter a militância islâmica na região do Sahel, em particular.

Emmanuel Macron também disse que “se recusou a ser arrastado para uma competição ultrapassada entre potências pelo controlo de África”.

A viagem chega pouco mais de uma semana depois que o Burkina Faso expulsou as tropas francesas e terminou um acordo militar que permitiu à França combater os insurgentes na nação da África Ocidental, tornando-se o mais recente país africano a rejeitar a ajuda de Paris.

A França retirou as suas forças do Mali no ano passado, depois que a junta começou a trabalhar com empreiteiras militares russas, pondo fim a uma década de operações contra os insurgentes islâmicos.

O Grupo Wagner também se destacou na República Centro-Africana, provocando receios de um efeito dominó em Paris em um momento em que os países ocidentais estão tentando pressionar o sul global contra a Rússia por sua invasão da Ucrânia.

Nesta segunda-feira, Emmanuel Macron considerou o Grupo Wagner como “seguro de vida de regimes falidos em África”. Disse ainda que as nações africanas acabariam parando de recorrer ao Grupo de mercenários, pois veriam que ele só semeia miséria.

Macron acusou também a Rússia de alimentar propaganda antifrancesa na África para servir às ambições “predatórias”.

Durante a viagem, Macron se concentrará no meio ambiente, com uma participação em uma cúpula sobre florestas no Gabão, e também encontrará artistas africanos.

Com agências internacionais 

Visita de Macron visa conter “crescente influência chinesa e russa na África Central” – Le Monde

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