Economia
Macon suspende transporte de passageiros no troço Lunda Norte /Luanda
A empresa de transporte rodoviário MACON, suspendeu a partir de hoje, quarta-feira, temporariamente, os seus serviços transporte de passageiros nas estradas nacionais (EN) 230 e 225, no troço Lunda Norte /Luanda, devido ao mau estado da via.
Com a suspensão dos serviços da Macon, que opera na Lunda Norte e Lunda Sul desde 2014, os cidadãos serão obrigados a recorrer as viaturas ligeiras para se deslocarem às provincias de Malanje, Cuanza Norte e Luanda.
A Macon é a única empresa de transporte público que opera na província, a prestar serviços inter-provinciais e municipais.
De acordo com o responsável da Macon na Lunda Norte, Cláudio Gaspar, os serviços só serão retomados quando o troço for reabilitado, uma vez que o actual estado da via tem causado muitos prejuízos aos autocarros da empresa.
Enquanto se aguarda pela reabilitação total do troço, a empresa prestará apenas serviços intermunicipais, urbanos e para a vizinha província da Lunda Sul.
Por seu turno, o director do gabinete provincial dos Serviços Técnicos, Noé Chipoia disse a reabilitação da estrada em causa é da responsabilidade do Ministério da Construção e Obras Públicas.
Informou que na Estrada Nacional 225, por exemplo, faltam apenas por asfaltar 26, dos mais de 500 quilómetros previstos.
Entretanto, alertou para a progressão de três ravinas, sendo duas na EN-230, na comuna do Xinge e uma na EN- 225 no trecho entre a localidade de Catata e o município de Lóvua, que a qualquer momento podem cortar a circulação nestes troços e isolar a região Leste.
Por sua vez, o assistente administrativo da operadora Macon na Lunda Sul, Nevogildo Sacumuige, explicou que as más condições da via colocava em perigo a vida dos passageiros e dos motoristas, bem como contribuía no desgaste rápido dos veículos.
A título de exemplo, referiu que em 2019 a Macon desembolsou mais de 20 milhões de kwanzas, para a reparação de autocarros com avarias, decorrentes do mau estado das vias.
Disse que anteriormente a rota Saurimo/Luanda tinha seis autocarros disponíveis e cobrava 18 mil Kwanzas por passageiro.
Foi reduzido para dois e percorriam 400 quilómetros a mais, por causa do desvio da Lunda Norte a Malanje.
C/ Angop