Luanda: tomates no Mercado do 30 estragam por falta de escoamento e compradores

“Se pelo menos tivéssemos parceria com os supermercados, muitas de nós que estamos aqui com estas caixas de tomate as moscas, por falta de cliente, não perderíamos tanto dinheiro assim. Já baixamos muito o preço, três mil a caixa, mas mesmo assim, não estamos a conseguir vender a tempo o nosso produto, porque é muito tomate aqui concentrado”.

As palavras acima foram de uma das nossas entrevistadas no mercado informal do 30, em Viana. Julieta dos Santos, uma mulher de 37 anos, que diz ser comerciante há mais de 10 anos, disse ao Correio da Kianda estar a viver, nestes últimos dias, o que durante os dez anos de vendedeira nunca viveu.

“Nunca perdi tanto dinheiro investido no tomate como hoje”, lamenta.

“Investi mais de seiscentos mil kwanzas, totalizando com o transporte que trouxe o tomate até aqui, em Luanda, mas temo que nem a metade do dinheiro que apliquei neste negócio vai sair”, falou.

“Gostaríamos que o governo fizesse alguma coisa. É muito tomate a se estragar aqui no trinta por falta de mercado e compradores, que nos ajudassem a encontrar parcerias pelo menos, com os supermercados”, apelou, Julieta dos Santos, a comerciante de tomate por nós entrevistada.

Um consumidor que decide ir ao mercado informal como o do 30, por exemplo, hoje, para comprar itens indispensáveis para a sua cozinha, certamente ficará surpreendido com o valor de um dos produtos mais importantes para confecção da refeição. Além do preço baixo, o tomate encontra-se em abundância em quase todos os cantos do mercado trinta.