Cultura
Luanda terá três novas salas de espectáculos
O ministro da Cultura, Filipe Zau, garantiu esta segunda-feira, em Luanda, que o governo angolano está empenhado nas obras de reabilitação e adaptação de três infraestruturas que servirão de “boas salas de espectáculos aos artistas angolanos”.
Filipe Zau falava à imprensa no final da visita que efectuou, acompanhado de vários artistas nacionais, às obras de requalificação do Palácio das Artes e Casa do Artista, na antiga Assembleia Nacional, à Cinemática Nacional (antigo Cine Alfa 1 & 2), bem como ao Cine Teatro Nacional, na capital do país.
O ministro começou por dizer que está satisfeito com o andamento das obras das três infraestruturas serão concluídas em 2026, e a pretensão é que a inauguração ocorra a 8 de Janeiro de 2027, no dia da cultura nacional.
“Eu estou apontar que seria muito interessante que no Dia da Cultura Nacional, que é no dia 8 de Janeiro de 2027, nós possamos fazer ali um bom espetáculo de inauguração”, disse, reconhecendo os altos níveis de degradação do tecto da sala.
Sobre a presença de vários artistas que o acompanharam, o governante disse que é “para sugestões, para em conjunto concertar ideias em relação ao trabalho que está a ser feito”.
Quanto aos prazos, de conclusão das obras, o ministro disse que um novo prazo foi definido para as empreitadas, porque “aquela obra não se faz em 12 meses”.
“Neste momento estão a fazer, que é o nosso maior problema – e isso é que vai levar mais tempo, é a questão do estabelecimento. Ali não há estacionamento e tem que se encontrar estacionamento lá para baixo e arranjar, portanto, dois pisos de estacionamentos. Não se começa cá para cima enquanto não se resolver a questão do estacionamento lá em baixo”, disse.
Outra dificuldade, segundo o ministro da Cultura, é que não é fácil adaptar uma estrutura já existente de raiz.
“Temos de adaptar tudo e da melhor maneira. Porque ela tem o estatuto de património nacional”, sublinhou reconhecendo a necessidade de se respeitar a estrutura arquitetónica.
O Cine Teatro Nacional é que apresenta maiores níveis de degradação, sobretudo a nível do tecto. O ministro disse que se deve ao longo tempo de sua existência, pois foi construído em 1933, por isso defende a necessidade de se manter o traçado.
“Temos de respeitar as linhas do traçado, para que possamos ter boas salas de espetáculo, bons locais para que os músicos e os homens do teatro e da dança e etc, possam ter trabalho, sobretudo nessa parte ao nível da baixa de Luanda, e posteriormente vamos ver se conseguimos outros locais (nas demais províncias, sobretudo no Huambo), também já classificados como património nacional”, referiu.