Luanda tem mais de dois mil hectares de terra inoperantes

No município do Icolo e Bengo, actualmente na província de Luanda, existem mais de dois mil hectares de terras, tipificados em fazendas agrícolas, que se encontram em estado de sub-aproveitamento pelo facto de não estarem a ser explorados.

A revelação é do director municipal da Agricultura e Pescas do Icolo e Bengo, Salomão Manuel Cahumba, que fez saber que dos mais de dois mil hectares nem metade está a ser explorado pelos fazendeiros que detêm o título de terra.

“Nós temos aqui no Icolo e Bengo, uma área de aproximadamente 2.945 hectares disponíveis para fins agrícolas. Mas desta área, praticamente 40 ou 35% é que está a ser desenvolvido. Temos zonas que foram cedidas para exploração agrícola que não estão a ser explorados.

Em função desta realidade, a direcção da Agricultura e Pescas daquele município da província de Luanda fez sair um edital com apelo a todos os agricultores do Icolo e Bengo que receberam parcelas de terras para a prática da actividade agrícola, no sentido de retomarem as actividades nas respectivas fazendas.

Entretanto, avisou que nos próximos dias esses agricultores serão notificados individualmente, para se dirigirem àquela direcção e manifestar com compromisso de honra, o interesse em continuar a cultivar as terras.

“Nós vamos proceder agora a notificação de forma individual aqueles que estão cá registados para se fazerem presentes e mostrar o seu interesse. Não fazendo, os terrenos vão se reverter ao Estado”, disse, acrescentando que Cassoneka e Caculo Cahango são as zonas do município com maior número de terras abandonadas.

Icolo e Bengo faz parte, desde 2012, da província de Luanda. Entretanto, com a nova Divisão Político-administrativa aprovada pela Assembleia Nacional, a partir do próximo ano vai elevar-se a categoria de província.