Sociedade
Luanda: populares denunciam exclusão no acesso aos serviços por simpatia política à oposição
O défice fornecimento regular de água e de energia eléctrica, em vários bairros de Luanda, ainda constitui motivos de preocupação por parte dos moradores.
De acordo com os ouvintes que participaram hoje, 06, do espaço “Fórum” da Rádio Correio da Kianda, um programa que se propõe a dar à audiência emitido de segunda à sexta-feira, o problema agrava-se com facto de algumas ruas ou mesmos bairros estarem privados do fornecimento do líquido precioso, por nutrirem simpatia ou militância em forças políticas da oposição.
Irmão Orlando, morador da madeira no Calemba 2, em Viana, por exemplo contou que o facto é hoje tão visível na sua localidade, por existir ruas ou bairros mais privilegiados do que aqueles tidos como simpatizante ou amigo de um partido da oposição.
“Há casa que não tem luz, há casa que tem luz, porque nós aqui vivemos sobre exclusão social, porque ser do partido A ou B. Mas vemos que há pessoas influentes fazendo garimpo de água e ninguém diz nada” frisou.
Já Avelino Troia, que vive em Cacuaco, questiona as acções dos governantes ao longo destes 50 anos de independência nacional.
“Há muito tempo que sempre reclamamos, quem nos governa não resolve nada, e estamos sempre com os mesmos problemas e água e luz” sinalizou.
Os ouvintes que se mostram agastados com os mesmos problemas de sempre, apelam as autoridades a por termo a situação.
Importa referir que o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges realizou, este domingo, 05, uma visita para constatar o estado das infra-estruturas do sector nas duas províncias e orientar os empreiteiros a acelerar os trabalhos, pedindo à EPAL maior engajamento para que assim aconteça.
O ministro da Energia e Águas manifestou preocupação com a dinâmica nas obras de reforço da produção e distribuição de água potável nas províncias de Luanda e Icolo e Bengo.
