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Sociedade

Luanda: Moradores da comunidade de Cabo Ledo suplicam por moradia

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Cerca de quatro mil habitantes da antiga ilha branca, actualmente residentes na zona da comunidade de Cabo Ledo, na periferia do distrito da Samba, lançaram recentemente aos microfones do Correio da Kianda, suplicas ao Presidente da República João Lourenço, para que lhes conceda casas para viverem em condições menos precária.

Segundo os moradores que aguardam para serem desalojados daquela zona de risco há mais 9 anos, sentem-se agastados por falsas promessas dos ex-governadores da província de Luanda.

Domingas Joaquim antiga moradora da área branca, há 9 anos na zona da comunidade de Cabo Ledo, disse que passam por inúmeras dificuldades desde saneamento básico, saúde, energia, água e falta de escola para as crianças.

Para ela, o drama dos populares começa em época chuvosa, em que as casas de chapas são inundadas e por conta disto são abrigados a deslocarem-se em outras zonas.

Os mesmos relatam que há cerca de 7 anos, foi lhes prometidos residências em uma das centralidades da capital, pelos ex-governadores Higino Carneiro, Mendes de Carvalho e de feliz memória Luther Rascova, mas que nunca foram concretizadas, por isso, depositam esperança e lançam grito de socorro ao Presidente da República João Lourenço.

“precisamos sair daqui estamos a sofrer senhor presidente”. Clamam eles.

A falta de escola coloca mais de duas mil crianças fora do sistema de ensino, segundo os pais, e lamentam dizendo que põem em risco o futuro dos seus filhos.

Sem um posto médico na localidade, os moradores não têm assistência medica e medicamentosa e por isso, recorrem a outros centros médicos de áreas vizinhas.

Outro problema que enfrentam, é a criminalidade e o elevado índice de prostituição. Os mesmos relatam que a criminalidade aumentou significativamente nos últimos dias, a titulo de exemplo, recentemente,  um jovem de 24 anos, foi morto a facada por supostos marginais, por causa de 200 kwanzas.

Quanto a prostituição, duas mulheres de quase 43 a 50 anos, confessaram ao nosso jornal de que, aceitaram manter relação sexual com jovens que segundo elas podiam ser seus filhos, em troca de meio quilo de arroz e pacote de massa alimentar.