Politica
Luanda continua “carregada” de lixo quinze dias depois de efectuados contratos
Continua a crescer os amontoados de lixo em Luanda, quinze dias após o Governo Provincial, sob-liderança da governadora Joana Lina, ter efectuado contratação de novas operadoras, na sequência do Despacho Presidencial de 23 de Fevereiro, que autoriza a despesa e formaliza a abertura do procedimento de contratação emergencial no valor de trinta e quatro mil milhões de kwanzas, para serviços de limpeza pública e recolha de resíduos sólidos.
O processo para a contratação de novas operadoras, que iniciou a 24 de Fevereiro do ano corrente, teve a participação de 69 empresas, 39 das quais cumpriram com os requisitos, com sete apuradas.
Duas semanas depois de se ter efectivado a adjudicação dos serviços, com a assinatura dos contratos, contrariamente ao estabelecido pelo Governo Provincial de Luanda, onde, segundo uma nota do GPL a que o Correio da Kianda teve acesso, fazia referência que depois de assinados os contratos, as operadoras começariam imediatamente o processo de limpeza e recolha de resíduos sólidos em toda a extensão da província de Luanda, o cenário dos amontoados de lixo na capital continua o mesmo.
Numa ronda efectuada pelo Correio da Kianda em algumas zonas de Luanda, depoimentos feitos por citadinos, desde o ponto-final da Ilha de Luanda à zona do Calumbo, quase todos foram unânimes em afirmar que há mais de 20 anos que a província de Luanda não registava tanto lixo nas ruas.
Durante o périplo efectuado pelo Correio da Kianda, nas zonas do Talatona e Belas, foi ainda possível verificar áreas com grandes focos de lixo a serem recolhidos por motoqueiros, que, segundo apurou o Correio da Kianda, presumem-se pertencerem a uma das empresas vencedoras do concurso realizado pelo Governo Provincial de Luanda.
“Nunca Luanda teve tanto lixo como hoje. A irresponsabilidade do Governo Provincial de Luanda, poderá causar consequências nefastas para a saúde das pessoas, porque até parece que eles estão nem aí com as moscas que tem estado a invadir nossas casas”, disse, Valquíria Fernandes, moradora do Talatona, ao Correio da Kianda.
Na sua edição desta semana, o semanário Novo Jornal avança que Joana Lina – Governadora de Luanda tem estado a sentir-se “irritada”.
Cita o semanário, que uma fonte do GPL revelou ao referido jornal, que a governadora está não descarta a possibilidade de rescindir novamente os contratos, apesar das empresas justificarem o atraso nos trabalhos com a aquisição de materiais.
Pedro Henrique
13/04/2021 em 11:11 am
A irresponsabilidade destas operadoras que venceram o concurso se não reaverem esse problema poderá causar consequências nefastas para a saúde das pessoas.