Sociedade
Luanda acolhe Feira da Medicina Natural
A Câmara Profissional dos Terapeutas de Medicina, Natural Alternativa e Não Convencional de Angola realiza, hoje, em Luanda, uma exposição de produtos naturais e plantas medicinais.
Numa nota citada pelo Jornal de Angola, a instituição avança que a feira enquadra-se nas comemorações do Dia da Medicina Tradicional, que se assinala a 31 de Agosto, data proclamada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Durante três dias, os visitantes à feira vão conhecer produtos naturais e plantas medicinais dos municípios, assim como vão tomar conhecimento das potencialidades de regiões do país e trocar experiências junto dos terapeutas.
Temas como a protecção do conhecimento e práticas de medicina tradicional na vertente cultural, promoção dos terapeutas no Sistema Nacional de Saúde Público e difusão da agricultura familiar e dos agro-industriais de plantas medicinais.
Estratégias da entidade fiscalizadora aos prestadores dos serviços do sistema da medicina tradicional e natural, políticas na regulação das ervanárias e comercialização dos produtos naturais e plantas medicinais na sua utilização, bem como a protecção e a prevenção na vigilância epidemiológica vão ser, igualmente, discutidas.
O director regional da OMS para África, Matshidiso Moeti, defendeu que a medicina tradicional tem sido uma fonte fiável, aceitável, compatível e acessível de cuidados de saúde para os africanos.
Matshidiso Moeti realçou que, neste momento, 80 por cento da população do continente depende da medicina tradicional para as suas necessidades básicas de saúde.
Na sua mensagem, indica que esta actividade incitou mais de 40 países da região africana a elaborar políticas nacionais de medicina tradicional, até 2022, com um aumento assinalável, desde o ano antepassado.
Actualmente, existem 34 instituições de pesquisa em 26 países que se dedicam à investigação e ao desenvolvimento da medicina tradicional, o que mostra que continua ser um ramo promissor com um grande potencial comercial.
Matshidiso Moeti recorda que estas instituições têm seguido as linhas orientadoras, e os protocolos da OMS para avaliar a qualidade, segurança e a eficácia das terapêuticas que se assentam na medicina tradicional.