Politica
Líderes da FNLA negoceiam fim da clivagem após 20 anos de conflito interno
Com a saída de Lucas Ngonda da liderança da FNLA e consecutivamente a eleição de Nini a Nsimba para presidência no último congresso, parece que o partido dos “irmãos” começam a marcar passos e desenhar o fim de um conflito interno que divide o partido fundado pelo nacionalista Hólden Roberto, em várias “alas”.
Esta intenção foi demonstrada recentemente pelo então também recém-eleito presidente da FNLA, Pedro Dala, segundo o qual, o político diz que já enviou um memorando de entendimento ao presidente Nini a Nsimbi, no sentido de encontrar uma solução que contribua para fortalecimento do partido tirando-o das contradições que enfrenta actualmente.
Pedro Dala referiu que no documento entregue à direcção de Nini a Nsimbi, está disponível em negociar a liderança, e ocupar o cargo de vice-presidente para por fim a uma clivagem que dura mais de 20 anos.
“Estou dependente das negociações que vamos manter com a outra parte”, disse o dirigente partidário.
Por sua vez, Nini a Nsimbi, diz que mostra-se receoso, e justifica que enquanto psicólogo, “o comportamento do homem muda de um momento para outro”. O presidente eleito no congresso que concorreu Lucas Ngonda, sublinha que apesar dos receios que tem, já foram dados alguns passos significativos para se resolverem os problemas.
De realçar que a FNLA realizou no mês passado dois congressos, o primeiro, que elegeu Pedro Dala e outro, que elegeu Nini a Nsimbi, em substituição de Lucas Ngonda, que liderou a FNLA quase 9 anos, num clima de vários conflitos e divisões de alas.
Até então, o partido fundado por Hólden Roberto está dividido em quatro. Uma ala de Ngola Kabango, uma do filho de Hólden Roberto, Carlito Roberto, uma de Lucas Ngonda e a do Pedro Dala.