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“Lideranças africanas precisam fazer leitura dos novos adventos”

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O especialista em relações internacionais Horácio Nsimba entende que a deslocação do Comandante em Chefe João Lourenço ao Congo Brazaville visa criar estratégias de prevenir a onda de golpes de Estado que abala alguns países do Saheel e agora, o Gabão.

“Esta visita tem o objectivo deles criarem mecanismos de prevenção contra os golpes de Estado que começaram na África Ocidental e agora se estendeu à África Central, onde encontra-se Angola e o Congo Brazaville”, disse, e destacou que esses países “têm as mesmas características, presidentes muitos anos no poder. Então essa viagem tem como foco  criar técnicas, formas de prevenção para travar o avanço desses golpes”. 

O politólogo Agostinho Sicato é de opinião que as lideranças africanas precisam fazer a leitura dos novos adventos, face à inversão da ordem constitucional em três países em menos de seis meses.

“É um sinal de que os governos em África, de modo geral, devem prestar atenção aos sinais dos tempos. Devem ler os novos adventos, pois os actuais golpistas passam a mensagem que se deve ser condenado um golpe de Estado. Os militares não estão mais a admitir governantes que se perpetuem no poder. Depois de eleitos quando terminam os seus mandatos alteram a constituição para o seu bom proveito e benefício próprio”, apontou. 

Lembrar que, na madrugada de quarta-feira última um grupo de militares do exército gabonês anunciou um golpe de Estado, em rede nacional da televisão local, após a divulgação dos resultados das eleições gerais naquele país. 

Na sequência, o Presidente da República, João Lourenço, realizou uam curta viagem a República do Congo, para consultas políticas com o homólogo Denis Sassou Nguesso sobre a situação no Gabão.

Sobre este assunto, acompanhe nesta sexta-feira, 01, no espaço especial informação, que vai abordar as causas e consequências de sucessivos golpes de estado em África, a partir das 11 horas.

Jornalista multimédia com quase 15 anos de carreira, como repórter, locutor e editor, tratando matérias de índole socioeconómico, cultural e político é o único jornalista angolano eleito entre os 100 “Heróis da Informação” do mundo, pela organização Repórteres Sem Fronteira. Licenciado em Direito, na especialidade Jurídico-Forense, foi ainda editor-chefe e Director Geral da Rádio Despertar.




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