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Levantamento da imunidade de Kabila é sinal do seu envolvimento na instabilidade na RDC, diz analista

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O analista residente da Rádio Correio da Kianda, Eurico Gonçalves disse que o levantamento das imunidades do ex-Presidente República Democrática do Congo (RDC), Joseph Kabila, é sinal de que as autoridades daquele país vizinho estão em posse de informações e provas do seu envolvimento na instabilidade causada pelo M23.

A reacção do analista surge na sequência das notícias segundo as quais, as autoridades da RDC anunciaram nesta quinta-feira, 01, que pediram ao Senado para levantar a imunidade do ex-Presidente Joseph Kabila, acusado de envolvimento no movimento antigovernamental M23, apoiado pelo Ruanda, no leste do país.

Eurico Gonçalves afirmou ainda que o levantamento da imunidade de Joseph Kabila, é sinal de que há “fortes possibilidades do seu envolvimento na instabilidade”, considerando que o que a RDC está a vivenciar faz face ao antagonismo, quer do ponto de vista interno, quer do ponto de vista externo.

Para o analista, as acusações que pesam sobre Joseph Kabila são complexas, afirmando, por outro lado, que caso se venha a cumprir a pretensão do levantamento da imunidade do ex-Presidente e consequente formalização das acusações aliadas a possível julgamento, as consequências do ponto de vista geopolítico terá impactos não muito significativos, o que não retira a credibilidade e imagem da RDC a nível regional e internacional.

Eurico Gonçalves sustentou a sua afirmação apontando o estatuto de que “goza o Estado congolês democrático de independente e soberano a nível interno e externo, e é uma pessoa de direito internacional e reúne os requisitos população perante e de governo”.

Nos últimos meses, o Presidente democrático-congolês Félix Tshisekedi acusou repetidamente o seu antecessor Joseph Kabila de estar a preparar “uma insurreição” e de coordenar ou pertencer à Aliança do Rio Congo (AFC, na sigla em francês), o movimento político-militar que integra o M23.

Antigo Presidente eleito, Joseph Kabila, que dirigiu a RDC de 2001 a 2019, é senador vitalício.

O antigo Presidente da República é acusado de “traição, crimes de guerra, crimes contra a Humanidade e participação num movimento insurreccional”.




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