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Laurent Gbagbo é absolvido de crimes contra a humanidade

Gbagbo era acusado de apoiar massacres que se seguiram a sua derrota eleitoral

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O Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia, absolveu nesta terça-feira, 15, o  ex-presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, das acusações de crimes contra a humanidade. Gbagbo foi indiciado como responsável pela violência que se seguiu às eleições de 2010 no seu país, deixando 3.000 mortos e 500.000 desabrigados.

Gbagbo foi capturado em 2011 em um bunker no Palácio Presidencial, durante uma operação da Organização das Nações Unidas (ONU) em parceria com forças de segurança apoiadas pela França, que apoiavam seu rival, Alassane Ouattara, actual presidente do país.

Os juízes consideraram que Gbagbo e seu ministro da Juventude, Charles Blé Goudé, não tinham planos de manter o ex-presidente no poder e, portanto, “não havia necessidade da defesa apresentar mais argumentos, já que a promotoria não satisfez a necessidade de provas.”

A decisão representa uma grande derrota para a promotoria do TPI, para quem esse caso abriria precedentes, já que Gbagbo foi o primeiro chefe de Estado a ser julgado pelo Tribunal.

O TPI vem sendo acusado de parcialidade por não indiciar comandantes do grupo pró-Ouattara que também foram acusados de abusos. Os opositores de Ouattara, que foi reeleito em 2015, dizem que o presidente usa o órgão de Haia para silenciar críticos.

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