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Lançado Censo Piloto 2024

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Foi lançado esta quarta-feira, em Luanda, o Censo Piloto, pelo governo, que visa atestar as condições técnicas e operacionais para a realização do segundo Censo Geral da População e Habitação 2024 de Angola.

A cerimónia de lançamento, que decorreu no Instituto Nacional de Estatística (INE), em Luanda, foi presidida pelo coordenador da Comissão Multissectorial de Apoio à Realização do Censo 2024, o ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, que na ocasião apelou à participação de todos, no processo da realização do Censo Piloto da População, pelo facto de as informações resultantes do processo permitirem obter indicadores da densidade populacional do país.

“Para o efeito, é convidada toda a sociedade, sem distinção, a participar e contribuir no fornecimento de dados importantes que os nossos operadores censitários irão apresentar através de um inquérito, cujo tema é ‘Juntos contamos por Angola’”, destacou.

Francisco Furtado reconheceu que a operação será difícil, tendo em conta os vários obstáculos previstos no seu percurso, como a transmissão da informação e sensibilização da população, o processo da transumância da população, com realce para algumas regiões do Sul do país, a língua, como veículo de comunicação, a inacessibilidade a determinadas localidades, falta de cobertura da rede eléctrica em algumas zonas rurais, falta de cobertura do sinal de comunicações, face à tecnologia a utilizar pelos operadores censitários, entre outras.

“Perante este quadro, é importante juntar sinergias e envolvermo-nos todos para o êxito de mais um programa de interesse nacional”, exortou o ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, que disse estar convicto no sucesso da operação, dada a amostra já dada pelo povo angolano em diversas circunstâncias de que “juntos somos mais fortes”.

Francisco Furtado exortou os governos provinciais, as igrejas, as próprias comunidades, as associações e os cidadãos, a participarem do processo, como formas de contornar as dificuldades previstas no processo.

Francisco Furtado ressaltou, ainda, que o Censo Piloto é uma das etapas de preparação para a realização do Censo Geral da População e Habitação, marcado para o próximo ano, tendo explicado que nesta fase o trabalho consiste sobretudo em testar o nível organizacional para operacionalização de todos os procedimentos associados à implementação operativa, logística, técnicas, funcionais e organizativa que vai conduzir a operação geral do Censo Geral da População e Habitação no próximo ano.

O governante recordou que o primeiro recenseamento populacional realizado em 2014, permitiu obter indicadores da população, que entretanto, afigura-se como “elemento fundamental para o desenvolvimento de qualquer nação”.

O Censo Piloto vai realizar-se em sete províncias do país, nomeadamente, Bengo, Bié, Cuando Cubango, Cunene, Luanda, Lunda-Norte e Uíge, em 14 municípios, sendo dois em cada província.

Por sua vez, o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, na condição de coordenador geral adjunto da Comissão Multissectorial do censo, considerou o censo populacional como uma ferramenta essencial para a recolha de informações demográficas e socioeconómicas sobre a população de um país, através de um levantamento detalhado e abrangente.
Este exercício, acrescenta o ministro Mário Caetano João, permite fornecer dados actualizados sobre a composição da população, como idade, sexo, grupos étnico-linguísticos, educação, ocupação, renda, entre outros aspectos como habitação.

“Os dados do censo ajudam os governos a planearem e a implementarem políticas públicas eficazes nas áreas de saúde, educação, habitação, transporte e serviços sociais, como um todo”, sustentou.

Mário Caetano João ressaltou que essas informações fornecem uma base sólida para alocação de recursos e o desenvolvimento de programas específicos para atender as necessidades da população.

Referiu ainda que Mário as informações fornecidas pelo censo vão ajudar a identificar desigualdades sociais e económicas, como disparidade de renda, acesso à educação e saúde, segregação residencial e discriminação.

Radio Correio Kianda

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