Economia
Lacticínios: empresa espanhola inicia produção de leite em Angola
Uma nova linha de produção e comercialização de lacticínios em Angola, arrancou neste sábado, com vista a garantir a auto-suficiência no sector, gerando 150 novos postos de trabalho, em Luanda, produzindo um total de 19 produtos lácteos, entre 5 de leite UHT e 14 de leite em pó.
A nova linha de produção resulta de uma parceria da marca Pascual com a multinacional Refriango, marcando, desta forma, uma nova estratégia de negócio da marca espanhola, para substituir paulatinamente as exportações pela internacionalização, comercialização e produção local em mercados estratégicos em todo o mundo.
Angola foi o primeiro país escolhido pela multinacional espanhola para implementar este plano.
Para o ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, que prestigiou a a cerimónia, a parceria é de “extrema importância”, por ser entre empresas, uma angolana e outra de origem espanhola, que partilham os mesmos valores e empregam muita gente.
Victor Fernandes fez estas declarações à imprensa instantes depois de proceder o acto de inauguração da nova linha de produção do leite Pascual, a ser produzido pela Refriango, e que gerou 150 postos de trabalho, tendo afirmado que, apesar de ainda ser cedo, para se fazer uma avaliação do funcionamento da linha de produção, pelo que constatou, está seguro de que vai linha ora inaugurada, vai gerar a auto-suficiência na produção de leite.
O objectivo, segundo o governante, é reduzir os níveis de importação de laticínios, que actualmente estão situados nos 90 por cento, do consumo dos angolanos.
O ministro da Indústria e Comércio prometeu para breve, a inauguração de várias fábricas a nível do país, e aproveitou a ocasião para incentivar a entrada de novos investidores no mercado nacional.
O director internacional da Pascual, Tomás Meléndez, disse que para a empreitada, a sua empresa investiu mais de cinco milhões de Dólares.
A referida linha de produção, de acordo com o investidor, nesta primeira fase serão produzidos seis milhões litros anual, para depois ir evoluindo, conforme a capacidade.
“A nossa presença em Angola desde há mais de 25 anos, com os nossos iogurtes, superou as nossas próprias expectativas. Já somos líderes neste segmento e estamos decididos a ser a referência em lácteos e a continuar a abrir novas linhas de negócio. Queremos contribuir não só para o desenvolvimento de Angola, mas também para o seu desenvolvimento social. A nossa ambição é que o país seja capaz de se auto-abastecer sem depender de importações, com produtos nutritivos e com a máxima qualidade, gerando, ao mesmo tempo, emprego em toda a região”, afirma o director da área Internacional da empresa, Tomás Meléndez.
Já o responsável da Refriango, Diogo Caldas, disse a parceria firmada com a empresa de laticínios está enquadrada na sua estratégia de desenvolver o sector industrial e contribuir para o desenvolvimento do país.
Diogo Caldas entende que em Angola o sector de lacticínios ainda carece de investimentos, dai a aposta na parceria com a Pascual.
José Garrido
27/02/2023 em 11:59 pm
a notícia é positiva sem dúvida que hajam ambições,
mas coloco aqui a questão que é a chave para que a notícia venha a ter a merecida atenção e valorização,
(de onde vai ser alimentada a dita produção de derivados de leite sem que uma vez tenham referido a origem do leite, dado que não me é visível na agricultura de Angola tenha produção em grande escala),
daí sim seriam criados muitos postos de trabalho directa e indiretamente e seria garantida a dita “autosuficiência”