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Reportagem

Kwenda gera crescimento nas vidas das famílias do Golungo Alto e Ambaca

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Famílias nos municípios do Golungo Alto e Ambaca, na província do Cuanza Norte, contaram ao Correio da Kianda que viram as suas vidas melhoradas depois de beneficiarem das transferências sociais monetárias “Kwenda”, nas mãos do Instituto de Desenvolvimento Local (FAS), em Fevereiro último.

Dona Cristina José, de 29 anos, nasceu e reside com o seu esposo e dois filhos no Golungo Alto há vários anos. Confidenciou-nos que antes de receber o dinheiro do Kwenda vivia quase sem esperança, pois dependia do pacato salário de segurança que o seu esposo recebia para sustentar a casa.

Cristina disse-nos que recebeu das mãos do FAS, 51 mil kwanzas e, destes valores, investiu 90% no seu negócio de pastelaria.

“Quando recebi o dinheiro do Kwenda coloquei a maior parte no negócio de bolinho, comprei farinha, óleo e outras coisas para começar o meu negócio”. Questionada a razão de não comprar artigos domésticos, como outras beneficiárias fizeram, Dona Cristina disse: “eu sabia que fazendo negócio dobraria o dinheiro e poderia comprar mais coisas ainda. Hoje, com os lucros do negócio, comprei fogão, botija de gás bem como lençóis e ajudo na alimentação de casa. Agradeço ao nosso governo pela ideia e peço que aumentem os valores”.

Entretanto, foi necessário percorrer mais de 200 km para encontrar uma história semelhante, porém com aplicação diferente. Foi na Localidade do Kina, no município de Ambaca, que encontramos a dona Joana Panzo, de 47 anos. Com um sorriso no rosto, contou ao Correio da Kianda que recebeu 51 mil kz do FAS, dentro do programa Kwenda, e investiu todo o dinheiro na plantação de meio hectar de mandioca na sua lavra.

“O dinheiro do Kwenda trabalhei na lavra meio hectar e quando a mandioca estiver rija vou bombecar e vou estender. A quantidade que chegar, vou ir vender na cidade e o dinheiro que sair vou comprar arca ou ainda abrir uma cantina e o próximo cultivo vou colocar o dinheiro numa outra coisa”, disse, dona Joana.

Paralelo aos investimentos, dona Josefa Manuel conseguiu erguer a sua casa com o dinheiro do Kwenda.

“Aqui construímos em cooperativas, já tinha o meu terreno, eu e o meu esposo batemos os adobes, a comunidade ajudou a construir e o dinheiro do Kwenda serviu para comprar as chapas e outros materiais de apoio”, contou.

O Soba de Ambaka, Francisco Kiangãla, reconheceu o papel transformador que o Kwenda trouxe na população da sua zona e apelou ao Governo para aumentar os valores a fim de darem melhor destino e mudar a vida de mais pessoas.

“Estamos contentes, muitas pessoas mudaram de vida, investiram o dinheiro na lavra, deixaram de cozinhar na lenha, construíram casas e muito mais, pedimos ao Governo para aumentar o dinheiro para outras famílias também se beneficiarem”.

O Director Provincial do Instituto de Desenvolvimento Local (FAS) no Cuanza Norte, Lourenço Matias, no final da visita de constatação e recolha de depoimentos sobre o impacto do Kwenda naquela circunscrição do território nacional, disse estar satisfeito com a aplicação devida dos valores do Kwenda e revelou para breve a implementação da segunda fase do Kwenda no Cuanza Norte.

“Na província do Cuanza Norte temos um número de 17 200 agregados familiares já pagos dos 20 700 agregados cadastrados e inscritos para o programa, os frutos são satisfeitos até ao momento as pessoas estão a dar os destinos correcto do dinheiro para o qual foi concebido. Questionado relactivamente ao sector que as famílias no Cuanza Norte estão investir com o dinheiro do Kwenda, Lourenço Matias disse que a transferência social monetária não obriga que as pessoas tenham necessariamente que investir, mas muitas pessoas estão a usar o dinheiro da primeira componente para fazer pequenos negócios desde agricultura à pequenos comércios”, referiu.

Relactivamente a implementação da segunda fase do Kwenda no Cuanza Norte, o responsável afirmou que será de forma gradual, tal como foi a primeira: “vamos voltar ao Quiculungo onde foi o município piloto e dentro de três meses regressamos a Ambaca e posteriormente ao Golungo Alto”, concluiu.

Vale lembrar que o KWENDA é um programa do Executivo angolano que visa criar políticas de apoio às famílias mais pobres e em situação de vulnerabilidade no País. Avaliado em 420 milhões de dólares. É financiado em 320 milhões de dólares pelo Banco Mundial, sendo os outros 100 milhões, provenientes do Tesouro Nacional.

O Programa é operacionalizado pelo Instituto de Desenvolvimento Local, agência governamental, doptada de personalidade jurídica, autonomia financeira e administrativa, que, em coordenação com outros programas de combate à pobreza, contribui para a promoção do desenvolvimento sustentável das comunidades.

https://correiokianda.info/kwenda-familias-vulneraveis-passarao-a-receber-33-mil-kwanzas/




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