Politica
Kamalata Numa denuncia “perseguição até à exaustão” ao líder da UNITA
O General na reserva e militante da UNITA, Abílio Kamalata Numa, saiu esta tarde em defesa do seu partido, criticando o que chamou de “perseguição até à exaustão” do seu líder, Adalberto Costa Júnior.
Numa mensagem por si partilhada, o antigo vice-chefe do Estado Maior das FAA, denunciou que “Adalberto Costa Júnior, assim que foi eleito Presidente da UNITA, principal partido político na oposição ao MPLA, iniciou a ascensão política ao monte calvário, com os Órgãos de Soberania a se colocarem ao serviço do MPLA através da instrumentalização de pseudo-membros da UNITA orientados por ex-dirigentes e outros em função para a envelhecida e enferrujada estratégia de aniquilar a UNITA e os ideais do seu fundador”.
Mesmo sem citar, Kamaluta Numa fez menção assim ao lançamento, esta semana, da Fundação Jonas Savimbi, que tem como um dos curadores, Isaías Samakuva, e teve como marco a ausência dos principais líderes da UNITA.
“Voltar a lógica da ostracização da UNITA e do seu Presidente como no passado contra o Presidente Fundador Dr. Jonas Malheiro Savimbi até a sua morte é uma jogada perdida que vai ser anulada pelos angolanos”, referiu.
Na mesma mensagem, atacou também o que chamou de criação de movimentos de desestabilização de outros partidos políticos.
“Aos órgãos de justiça e os de segurança pública, a UNITA exige que actuem de acordo com a Constituição da República de Angola e não permitam que gente bem identificada corrompa outros cidadãos, crie movimentos de desestabilização de outros partidos políticos, como é o caso do dito Movimento de Resgate”, apontou.
O General na reserva finalizou reforçando que “continuarem com a política de não reabilitação da imagem do Dr. Savimbi por sua contribuição a História Política de Angola é um erro político que os angolanos vão ultrapassar fazendo justiça e isso a História vai registar para sempre”. Segundo o militante da UNITA, “hoje, são milhões os angolanos que se levantam contra este regime que querem mudar em 2027, para bem de Angola e da independência para todos”.
Publicada em Diário da República em Junho passado, a Fundação Jonas Savimbi tem, dentre outros objectos e fins, apoiar as pessoas portadoras de deficiências, participar no esforço de erradicação das minas antipessoais, promover a criação de emprego para as pessoas com deficiências, apoiar pesquisa e estudos de desenvolvimento e difusão da vida e obra de Jonas Malheiro Savimbi em particular e de outras personalidades nacionais em geral.