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Junta militar adia eleições no Mali
A junta militar no Mali anunciou esta segunda-feira, 25, o adiamento das eleições presidenciais, que inicialmente estavam aprazadas para Fevereiro de 2024, que permitiriam a transferência do poder dos militares para civis, por alegadas questões técnica.
Num comunicado, o porta-voz do governo de transição, Abdoulaye Maïga, disse aos jornalistas em Bamako, que as datas, inicialmente, previstas para duas voltas de votação, 4 e 18 de Fevereiro de 2024, seriam “ligeiramente adiadas por razões técnicas.
De acordo com o documento, além das razões técnicas, a junta de transição maliana abordou a adopção de uma nova constituição, no início deste de 2024, bem como a revisão dos cadernos eleitorais.
As novas datas das eleições serão anunciadas posteriormente, refere a mesma fonte.
Sobre o assunto, o especialista em relações internacionais, Horácio Nsimba entende que a transição do poder demora nos países que sofreram golpes militares, tal situação que pode causar problemas sociais tendo em conta as sanções que impendem sobre os mesmos.
O especialista entende que “não há vontade por parte dos militares de entregar o poder aos civis”. Tendo em conta a intenção da alteração da constituição, Horácio Nsimba pensa que os militares podem constituir um governo ditatorial.