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JPA homenageia jovem morto por agentes da UGP

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O acto central das celebrações das festividades da Juventude Patriótica de Angola (JPA) teve início, nesta segunda-feira, 23, em Luanda, com uma conferência de imprensa, e estender-se-á até ao próximo sábado, 30.

O encontro serviu para os jovens do braço juvenil da CASA-CE reflectirem a trajectória política e cívica de Manuel Hilbert de Carvalho Ganga, patrono da juventude desta coligação política, morto a tiro por um agente da unidade de segurança presidencial, em 2013, quanto tentava afixar panfletos  que repudiavam o assassinato de Isaías Cassule e Alves Camulingue, em Luanda.

Segundo o secretário nacional da JPA, Eduardo Garcia, o encontro, que juntou militantes, amigos, simpatizantes, quadros e dirigentes da agremiação juvenil e membros da sociedade civil, visa render homenagem ao patrono da JPA, que “tombou heroicamente há sete anos, depois de ser detido perto do estádio dos Coqueiros e levado pela segurança militar para o perímetro do palácio presidencial onde foi alvejado com dois tiros pelas costas”.

Eduardo Garcia disse que Hilbert Ganga morreu no seu exercício do seu direito em prol da defesa dos angolanos, razão pela qual exorta a juventude da sua formação política e não só, a continuarem a mobilizar-se para lutarem pelos seus direitos.

“A morte desses bravos angolanos dizem respeito a cada angolano e não apenas à CASA-CE, pelo que, devemos nos mobilizar para continuar a luta e, em honra do nome de todos aqueles que partiram por quererem ver uma Angola melhor”.

A CASA-CE prometeu retomar e exigir que o autor da morte do Ganga e dos demais sejam responsabilizados judicial e criminalmente. “A morte do Hilbert Ganga, não permite que nos calemos diante as injustiças”, disse e acrescenta que “assim queremos fazer lembrar a que de direito que, os angolanos continuam aguardar que se faça justiça e se assuma a responsabilidade neste e outros casos mal julgados”.

O líder da JPA sublinhou que a juventude angolana, confronta-se com inúmeras dificuldades de ordem social e económica, elevado índice de desemprego, dificuldades no acesso e sustento à formação, saúde de qualidade, aos projectos habitacionais, que tem resultado em frustrações e aumento da criminalidade com recurso a arma de fogo ou branca, as variadas modalidades de prostituição por todo país e muitas famílias transformaram as lixeiras e contentores de lixo como seu “supermercado”.

 A ocasião também serviu para repudiar a violência e brutalidade às repressões policiais durante as últimas manifestações, que vitimou mortalmente os jovens Mama África, na marcha de 24 de Outubro, sem nenhuma confirmação oficial, e Inocêncio de Matos, morto durante os protestos do dia 11 de Novembro, todos em Luanda.

Manuel Hilbert de Carvalho Ganga, nasceu aos 12 de Novembro de 1981, licenciou-se em Engenharia Civil, pela faculdade de engenharia da Universidade Agostinho Neto e foi professor da escola do IIº ciclo Alda Lara. Até a data da sua morte, exercia as funções de director Nacional para mobilização da CASA-CE, membro dos conselhos deliberativos da Coligação e da JPA, e ingressou para CASA-CE, no dia 12 de Março de 2012.

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