Connect with us

África

Jovens moçambicanos aderem a manifestações em resposta às frustrações sociais, diz Arsénio Cuco

Published

on

O professor universitário moçambicano Arsénio Cuco disse que o que está em causa nas manifestações vai além das eleições, os jovens moçambicanos estão aderir às manifestações devido a uma série de frustrações sociais mal resolvidas.

O académico disse não ter dúvidas da vitória da FRELIMO, mas vê a democracia “cafricada” no parlamento, onde terá 195 assentos, transformado em Assembleia de um único partido, o que não é bom para o processo democrático, daí a aderência das populações nos protestos.

Arsénio acredita que nem todos que estão a participar nas manifestações convocadas pelo opositor Venâncio Mondlane, não votaram no pleito, tendo em conta a percentagem de abstenção.

Já o cientista político Eurico Gonçalves, reconhece que a campanha eleitoral naquele país do indico foi renhida, e esperava por um resultado apertado. Entretanto, defende a recontagem dos votos. Eurico questiona, por outro lado, o papel dos observadores internacionais.

Outro académico moçambicano, Jerson, encara Mondlane como alternativa para suprir os anseios dos jovens, face a decadência da oposição que precisa de rejuvenescer, quanto a onda de manifestações promovida pelo cabeça de lista do PODEMOS, pode ser entendida como trauma ou força de alternância política.

Por seu turno, Laura Naweleka, doutoranda, diz ter dúvidas sobre a vitória da FRELIMO e de Chapo, por constatar que em algumas assembleias de votos, os números de votantes ultrapassam o número total dos inscritos daquele círculo, e recorreu no caso da Zambézia, em que Chapo teve 100% dos votos da região para além dos votos obtidos pela oposição.

A situação de instabilidade pós eleitoral em Moçambique esteve em debate na terça-feira no espaço “Bancada Parlamentar” da Rádio Correio da Kianda.

Entretanto, o candidato presidencial Venâncio Mondlane afirmou esta quinta-feira, estar à espera do contacto do Presidente moçambicano para uma reunião sobre a situação pós-eleitoral no país, garantindo que só não se realizará se Filipe Nyusi não o quiser.

“Peço ao Presidente da República de Moçambique que a gente tenha um encontro virtual, o senhor em Moçambique, eu onde estou. Vamos virtualmente falar. Isso é possível. E se possível, esse encontro virtual que seja transmitido, que seja mostrado ao público”, afirmou Venâncio Mondlane, numa intervenção em directo a partir da sua conta oficial na rede social Facebook.

Jornalista multimédia com quase 15 anos de carreira, como repórter, locutor e editor, tratando matérias de índole socioeconómico, cultural e político é o único jornalista angolano eleito entre os 100 “Heróis da Informação” do mundo, pela organização Repórteres Sem Fronteira. Licenciado em Direito, na especialidade Jurídico-Forense, foi ainda editor-chefe e Director Geral da Rádio Despertar.

Radio Correio Kianda




© 2017 - 2022 Todos os direitos reservados a Correio Kianda. | Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem prévia autorização.
Ficha Técnica - Estatuto Editorial RGPD