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Sociedade

Jovens desempregados indignados com bónus de Natal atribuído aos deputados

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Vários jovens que acorreram a uma feira de emprego que arrancou, nesta terça-feira, 8, no condomínio Boa Vida, mostraram-se indignados com o silêncio dos partidos da oposição, relativamente a recente aprovação da resolução que atribui um bónus de Natal avaliado em quatro milhões de kwanzas, ao presidente da Assembleia Nacional e a todos os deputados com assento parlamentar.

No entender dos jovens entrevistados pelo Correio da Kianda, o bónus de Natal calculado no valor acima referenciado “daria muito bem para tirar das ruas várias crianças que se encontram em situações vulneráveis, onde o recurso para auto-alimentarem-se, tem sido os contentores de lixo”.

“A ser verdade, que incluindo os deputados da oposição poderão receber este valor para despesas de Natal, não me resta mais nada, senão me sentir indignado com os tipos de deputados que temos no país”, lamentou Justino Kapango, jovem de 32 anos morador do bairro Benfica.

Joseane Feliciana, uma outra jovem que acorreu ao Grupo Boa Vida para tentar a sua sorte numa vaga de emprego, em desabafo, acusou a UNITA, a Casa-CE, a FNLA e o PRS, de serem partidos da oposicão coniventes com o sofrimento do povo angolano,  uma vez que, segundo ela, no seu entender, os partidos da oposição no país foram todos dominados pelo partido no poder, MPLA.

“Hoje descobri que afinal não temos partidos da oposição. Todos foram dominados pelo MPLA. Porque não se pode aceitar que um deputado que diz ser defensor de um povo, e ainda por cima da oposição, aceite aprovar ou receber um bónus para despesas de Natal avaliados em quatro milhões de kwanzas para cada um. São todos deputados de faixada”, desabafou.

De  acordo com uma resolução da Assembleia Nacional, o parlamento aprovou uma deliberação onde é fixado o bónus de Natal do presidente da Assembleia Nacional e deputados, para fazer face às despesas da quadra festiva, em 1,9 de índice multiplicador sobre o salário líquido do deputado sem cargo, conforme pode-se ler na resolução 43/30 assinada pelo presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade “Nandó”.

Por: Dumbo António