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Jovens angolanos manifestam para reclamar 500 mil empregos

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Centenas de jovens manifestaram, sábado, na capital Luanda, bem como nas províncias do Uíge,Benguela, Malanje e Kwanza norte para protestar contra a elevada taxa de desemprego que prevalece em Angola. No país da África austral o desemprego afecta a juventude, cuja sobrevivência começa a tornar-se socialmente insustentával.

 Os manifestantes reclamaram os 500 mil empregos prometidos pelo Presidente João Lourenço durante a sua campanha eleitoral. Jorge Quisseke, um dos organizadores da manifestação na Povíncia do Uige,declarou à RFI que a falta de emprego em Angola tornou-se socialmente insustentável para a juventude.

Durante a campanha eleitoral em 2017, o candidato do MPLA à eleição presidencial, João Lourenço, tinha prometido a criação de 500 mil empregos, para a relançar a economia nacional, que atravessa um período difícil, caracterizado por restrições orçamentais.

A promessa do sucessor de José Eduardo dos Santos, tem dificuldades em materializar-se num contexto de estagnação da economia mundial, cujo impacto na economia angolana resulta na deterioração do equilíbrio social do país, com uma incidência particular na juventude.

Jorge Quisseke, que faz parte do grupo de organizadores da manifestação na província do Uíge, norte de Angola, reclamou os quinhentos mil empregos prometidos por João Lourenço e destacou as dificuldades em que vivem os jovens em Angola, afectados pelo desemprego.

Segundo Geraldo Dala, do grupo de organizadores da manifestação em Luanda , “o objectivo era relembrar os 500.000 empregos que o titular do poder executivo, João Lourenço, prometeu aquando da sua campanha eleitoral, em 2017, e estamos na terceira edição da marcha contra o índice elevado de desemprego no nosso país“,

A 22 de julho de 2017, em plena campanha eleitoral para as eleições gerais de Agosto, em Angola, João Lourenço, chefe de Estado vigente , prometeu que, numa só legislatura, iria conseguir criar pelo menos meio milhão de empregos e reduzir de um quinto a taxa de desemprego de 28,8%, que segundo os dados publicados em 2018 pelo Instituto Nacional de Estatística (INE),prevalece no país africano.

Interrogado durante a marcha de Luanda , o manifestante Donito Carlos,considerou “legítima” a exigência dos jovens sobre o cumprimento da promessa eleitoral de João Lourenço.

Como sabemos, em Angola há um índice elevado desemprego e queremos lembrar aos gestores públicos, que o emprego é importante para a vida das pessoas e que o desemprego marginaliza“, disse o referido manifestante.

O Presidente angolano, aprovou em decreto , no passado mês de Abril,o Plano de Ação para Promoção da Empregabilidade (PAPE) que disponibiliza 21 mil milhões de kuanzas (51,7 milhões de euros) para promover o emprego e dar cumprimento a promessa feita em 2017.

A verba do PAPE será proveniente do Orçamento Geral do Estado (OGE) e do Fundo de Petróleo.

A marcha contra o desemprego, teve lugar igualmente nas províncias de Bengo e Lunda Norte.

 

C/RFI

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